A equipe econômica do Governo Jair Bolsonaro é contrária à medida negociada na Câmara para prorrogar repasses de recursos a prefeituras como contrapartida ao adiamento das eleições municipais.
No início da crise da Covid-19, o Governo Federal garantiu, por quatro meses, que prefeituras e governos estaduais não teriam perdas no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e no fundo dos Estados (FPE), que transferem dinheiro da União para prefeitos e governadores.
Líderes da Câmara, porém, estão discutindo a ampliação dessa garantia até o fim do ano, como moeda de troca para a realização das eleições municipais em novembro.
Durante o fim de semana, líderes partidários e o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) conversaram para buscar uma saída depois que o Centrão, pressionado por prefeitos, passou a se opor à proposta aprovada pelo Senado, que adia para 15 e 29 de novembro o primeiro e o segundo turnos.
Técnicos do Ministério da Economia defendem que o plano de socorro financeiro de R$ 120 bilhões aos estados e municípios, em vigor desde maio, é suficiente para que os governos locais enfrentem a crise econômica e sanitária.
A ideia de postergar as eleições municipais programadas para outubro por causa da pandemia do novo coronavírus enfrenta resistência de parte do Centrão. Para a proposta passar, são necessários os votos de pelo menos 308 deputados em dois turnos.
Informações do Diário do Nordeste.