Jijoca - Tentativa de esclarecimento deixa claro que a prefeitura comprou cestas básicas com preços abusivos - Revista Camocim

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




sexta-feira, 8 de maio de 2020

Jijoca - Tentativa de esclarecimento deixa claro que a prefeitura comprou cestas básicas com preços abusivos

Cesta básica contém apenas 12 itens, e não 17.


Um perfil amigo do prefeito, no Facebook, caiu na besteira de postar uma tosca informação dando conta de que o valor da compra das 5.000 (cinco mil) cestas básicas, no Mercadinho Tem de Tudo, situado na Vila de Jericoacoara, está dentro da "normalidade". Pra lembrar: a cesta comprada pelo poder municipal contém 12 itens e saiu no valor unitário de R$63,00 (sessenta e três reais). 

Então, após os vereadores da oposição terem protocolado um oficio solicitando da prefeitura uma cópia de todo o processo da referida compra, mais a relação das famílias que foram beneficiadas com as cestas, o amigo do prefeito ditador foi até a cidade de Acaraú, no Pinheiro Supermercado, realizar a compra, de natureza comparativa, de uma cesta básica com os mesmos 12 itens que contém a da prefeitura. 

No vídeo, postado direto do Pinheiro, a "amizade alienada" diz que resolveu fazer a compra na cidade vizinha para mostrar a "imparcialidade da informação". Ora, logicamente tudo o que o vídeo conseguiu mostrar, com "exclusividade", fora o total desconhecimento do assunto, foi a certeza de que a compra efetuada pela prefeitura foi praticada com valores abusivos, isso pra não falar em superfaturamento. Veja bem: 

 A explicação já começa sem credibilidade quando o individuo informa que a cesta municipal contém  17 itens quando na realidade são apenas 12. 

1 - Pra começo de história, a cesta básica no Acaraú custou apenas R$ 62,53 , mais barata do que a compra feita pela prefeitura no valor de R$ 63,00.  

2 - Considere que os valores dos produtos, praticados nos meses passados, antes e no início da pandemia, deram uma subida considerável neste mês. Situação que leva a crer ainda mais que a famigerada cesta básica da prefeitura foi comprada num valor absurdo, pois na época os valores estavam, digamos, em baixa. 

3 -  Existe uma diferença gritante entre compras no varejo e no atacado. Ou seja: quando se compra um produto em pequena quantidade (varejo) o preço é sempre superior ao efetuado numa compra de grande quantidade (atacado). Quem manja das técnicas de compra e venda sabe muito bem disso, inclusive é uma máxima bastante popular: quando a compra é grande o desconto é maior ainda! os preços do atacado podem ser até 50% menores do que no varejo

- Agora, caro leitor, imagine o desconto generoso dado a uma compra de 5 mil cestas básicas? 

4 - Se no Acaraú, nos atuais dias pandêmicos, de alta nos produtos, a cesta está mais em conta do que em Jijoca, considere nos meses anteriores...

5 - Bem que a prefeitura deveria ter feito a pesquisa de preços no Pinheiro, ter comprado mais cestas e beneficiado mais famílias carentes de Jijoca de Jericoacoara.

E por falar em Acaraú, pandemia e preços, o caro leitor lembra quem insinuou que o comércio de Acaraú estava contaminado pelo coronavírus? 

Agora, a pergunta que não quer calar: 

Por que o prefeito de Jijoca de Jericoacoara, Lindbergh Martins, não mostra a cotação de preços das outras duas empresas que participaram do processo de dispensa de licitação? 

- Se mostrasse, já teria resolvido parte da polêmica.

O vídeo do "amigo" é tão atrapalhado que ele inicia dizendo que foi dispensa de licitação e conclui afirmando que foi uma licitação. E ainda acusa os comerciantes de  Jijoca de manterem seus estabelecimentos funcionando sem todos os documentos.

Por fim, não acredito que a nota e o vídeo de "tentativa de esclarecimento" sobre a  polêmica compra de cestas básicas, realizada pela prefeitura de Jijoca, seja de autoria do governo municipal. Prefiro acreditar - dado a mediocridade da tentativa -  que seja apenas uma nota e um vídeo produzidos  na esteira da bajulança e da subserviência voluntária, pois assunto tão sério, recheado de questões técnicas, não poderia ser tratado de forma amadora, subestimando a capacidade de raciocínio das pessoas.

Bom, mas, caso contrário, o prefeito Lindbergh Martins já pode revezar no rosto o uso da máscara de ditador com o  nariz de palhaço do circo dos horrores.

Sobre a relação das famílias beneficiadas, falo noutra postagem. 

Abraço pra Paula Tavares!

Atualizado às 10h53min.

Carlos Jardel