Enquanto milhões de trabalhadores aguardam o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, o Ministério da Defesa identificou que militares receberam o benefício. A pasta informou que abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades no processo.
"O Ministério da Defesa informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal no período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, por integrantes da folha de pagamentos deste Ministério", diz a pasta em nota.
A Defesa informa, ainda, que "a referida folha de pagamentos é composta por militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados". "Já estão sendo adotadas todas as medidas necessárias à rigorosa apuração do ocorrido, visando identificar se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário e as demais considerações de ordem administrativo-disciplinar, como necessário", afirma outro trecho do texto.
Isso acontece justo no momento em que 17 milhões de brasileiros ainda esperam por uma resposta, até esta terça-feira, sobre a solicitação para receber o benefício.
Não é a primeira vez que o presidente tem problemas em seus conteúdos nas redes sociais. Em março, Bolsonaro teve excluídos do Twitter, Facebook e Instagram vídeos no qual aparecia nas ruas, interagindo com pessoas durante a quarentena. As empresas apagaram o conteúdo pelos riscos relacionados ao coronavírus. À BBC Brasil, o Facebook classificou o vídeo como “desinformação que possa causar danos reais às pessoas".
O POVO