Explico: a Barreira Sanitária instalada na entrada de Camocim, com a louvável finalidade de "barrar" o coronavírus, não está funcionando como reza o decreto municipal n° 0325001/2020, de 25 de março de 2020, que descreve enfaticamente seu objetivo: "identificar as pessoas que pretendem entrar na Cidade, verificando, inicialmente, o motivo da vinda e esclarecendo aos passageiros de transporte rodoviário oriundos de outras cidades e de outros estados da federação que foi decretado estado de emergência em saúde decorrente do enfrentamento ao COVID-19, estando todos os restaurantes, bares, barracas de praia e demais espaços de lazer que possibilitem a aglomeração de pessoas fechados ao público". Reforço: as determinações desse Decreto não estão sendo cumpridas.
Os profissionais da saúde que compõe a Barreira estão abordando os veículos e somente verificando a temperatura dos passageiros, sem fazerem perguntas do tipo: de onde vem, para onde vão e o que pretendem fazer em Camocim. Dessa forma, muitas pessoa já entrarem facilmente no município vindo de outras cidades como Fortaleza, inclusive de outros estados como Rio e São Paulo, que são polos do coronavírus no Brasil.
Em várias cidades essas barreiras existem e são bem rigorosas. Estrangeiros que pretendem entrar nas cidades, e até mesmo moradores, são seriamente interrogados e, dependendo da situação, são encaminhados para unidades de saúde. Em muitos casos os agentes quem compõe as barreiras chegam a adotar procedimentos policiais para resguardar a saúde do município.
A ideia da barreira é excelente!, agora não pode ser uma barreira "só de migué," como está sendo em Camocim.
Carlos Jardel