Apesar do serviço de segurança pública ter sido comprometido com o motim militar, em Camocim, no carnaval, isso não foi o grande problema. Foi uma festa tranquila na qual a imensa maioria do público compareceu em clima de paz e de animação. O prejuízo maior - se podemos chamar de prejuízo - ficou com os proprietários de paredões de som e com quem contava com eles para dançar, pois o decreto da prefeita proibiu o uso dos mesmos em todo o território de Camocim, inclusive no Mela Mela, sob orientação - e não determinação- do comando da Policia Militar.
A lotação na Praça do Odus se repetiu em relação a dos anos anterior, principalmente na noite em que se apresentou a grande novidade DJ Alok. As demais atrações musicais não foram novidades. Parte das mesmas eram figuras repetidas de outros carnavais enquanto as demais bandas eram de pouca projeção, o que trocando em miúdos, neste aspecto, significa dizer que o carnaval de Camocim não foi
inovador, nem mesmo em público, como insiste dizer a bajulança do governo municipal.
Nas Praias do Maceio, Barreiras, Farol e no Lago Seco a movimentação durante os quatro dias foi considerada mediana. " Já teve mais movimento em outros carnavais". A lotação em algumas pousadas não foi 100%.
Na Praça de Eventos (Odus), na segunda-feira de Carnaval, depois da apresentação do Alok, o público começou a se esvair.
É burrice imaginar que a boa foto capturada do céu possa significar o sucesso da festa.
Nas ruas, em vários bairros, o clima estava mais para velório do que para animação momina.
A falta de paredões - e o Jardel aqui é contra paredões - foi, para muitos,o grande prejuízo da folia, associado, logicamente, ao fator precário da segurança pública que, graças a Deus, deu conta do que sobrou do carnaval.
Então, não dá pra galera da prefeita encher a boca e dizer que foi "o melhor carnaval de todos os tempos da rota das emoções". Isso é mentira pura! teria sido se Barroquinha não tivesse realizado
Neste ano, por exemplo, Barroquinha, no quesito animação, apesar de não ser um carnaval tradicional, já divide opiniões. Alguns foliões que por aqui e lá estiveram garantem que "Bitupitá foi mais aninado".
Carlos Jardel