Moradores da Comunidade Buriti, Zona Rural de Camocim, no Distrito de Pedra Branca, relataram ao blog a problemática enfrentada em relação aos serviço de saúde pública.
Segundo moradores, o atendimento médico, na teoria, ocorre apenas uma vez por mês. Só que na prática, quando ocorre, a cada dois ou três meses, é realizado com a mais absoluta falta de qualidade, nas dependências da Escola Francisco Benedito dos Santos (foto) e o profissional chega a atender "cerca de 100 pessoas ou mais".
Ontem, terça-feira (05), debaixo de muita polêmica, o médico foi embora sem concluir o atendimento, alegando falta de estrutura por parte do município. Vários moradores que haviam agendado a consulta retornaram pras suas residências depois de terem passado sete horas na fila.
" Muita gente chegou ás 6 (seis) da manhã, outras às 07 (sete) e 08 (oito) e foram embora sem serem atendidas. O médico chegou quase às 10h, e por volta de 1 (uma) da tarde ele saiu fora e disse que não iria mais atender ninguém por falta de condições. As pessoas pessoas ficaram revoltadas", relatou uma paciente da comunidade.
Ainda de acordo com os relatos, a enfermeira que atende na comunidade está há quase dois meses de férias. E a ausência da profissional fez com que aumentasse a demanda de pacientes para o atendimento.
O médico, segundo o paciente que pediu para não ser identificado, "falou que compreendia a revolta das pessoas, mas disse que a reclamação, ali, não adiantava de nada. E pediu que a comunidade fosse reclamar na Secretaria da Saúde, pois somente ela tem poder de resolver o problema".
"Existem muitas pessoas aqui com problemas de diabetes, hipertensão. E são muitas crianças e idosos para dar conta. Sem falar nos casos de emergência que surgem durante o atendimento. Sem uma equipe, fica impossível atender a todos com qualidade". Teria sido essa, conforme o informante do blog, a justificativa do médico.
Carlos Jardel