Novos diálogos expõem Moro em ação com procuradores; ministro reage - Revista Camocim

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




sábado, 6 de julho de 2019

Novos diálogos expõem Moro em ação com procuradores; ministro reage

Nova leva de conversas envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi divulgada pela revista Veja, ontem, em parceria com o site The Intercept Brasil. Os diálogos sugerem que quando ainda atuava como juiz federal em Curitiba, Moro teria orientado procuradores da Operação Lava Jato a anexar provas para fortalecimento da parte acusatória num processo.

As trocas de mensagens pelo aplicativo Telegram de 28 de abril de 2016, mostrariam o coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, avisando à procuradora Laura Tessler que Moro o teria alertado sobre a ausência de informação na acusação contra réu. De acordo com os arquivos examinados pelo veículo, trata-se de Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras. Ele é acusado de ser um dos operadores de propina no esquema de corrupção da estatal.


Noutro trecho, Moro repassa a Dallagnol conselho recebido do apresentador da TV Globo Fausto Silva, que falava da importância de os procuradores serem mais acessíveis ao entendimento popular. "Conselho de quem está a (sic) 28 anos na TV. Pensem nisso", salientou o ex-juiz, conforme publicado.

Para o presidente da OAB Ceará, Erinaldo Dantas, o que consta no novo lote de conversas é muito grave, embora afirme que não se pode concluir que o conteúdo é integralmente verdadeiro.

 Dantas afirma que é comum a tratativa entre juiz e parte — defesa ou acusação — fora dos autos processuais. "O advogado chega e pede para o juiz, por exemplo, que despache o mais rápido possível, porque seu cliente está preso", exemplifica, para dizer que o que não é admissível é que julgador e um dos lados interessados combinem os próximos andamentos do rito processual.

As conversas reportadas também revelam o uso do codinome Russo, que teria sido empregado pelo ex-decano da força-tarefa, o aposentado Carlos Fernando, em referência ao então magistrado. "O que fazem não é jornalismo, mas propaganda de seus interesses particulares em destruir a operação Lava Jato", reagiu Fernando. Para Erinaldo, o uso do codinome repete práticas obscuras elucidadas pela própria Lava Jato.

Juiz federal e membro da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Thiago Mesquita alegou não poder entrar no assunto a fundo, mas também asseriu que conversas extraoficiais são comuns e não problemáticas, desde que possam vir à tona e não levantem possibilidade de suspeição do juiz.

A força-tarefa da operação não reconheceu a veracidade do que veio a público, mas naturalizou a relação entre parte e julgador. "É lícito para defesa e acusação juntarem documentos aos autos, inclusive respondendo a demandas do juiz, que está autorizado em nosso sistema a produzir prova e instruir processos", sustenta trecho do comunicado. Muito do que foi divulgado consta, sim, nos autos, acrescenta a nota. (com Agência Estado)

IRONIA
Moro afirmou que se se provar que ele pediu adição de provas a Deltan, não mostrarão parcialidade, mas esquizofrenia, já que absolveu Zwi Skornicki.

O POVO