No Município assaltado, a festa é boa, mas é muito cara e trás pouquíssimo lucro - Revista Camocim

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sexta-feira, 10 de maio de 2019

No Município assaltado, a festa é boa, mas é muito cara e trás pouquíssimo lucro

Não somos, de forma alguma, contra as boas atrações musicais em Camocim. Somos a favor de um festival junino bem preparado e com boas atrações. Entendemos que esse evento cultural, bem como o carnaval, dentre outros,  movimentam a economia, fortalece o turismo e promove a auto estima da cidade.

Tudo isso é lógico. Mas é somente lógico quando se constata a confluência de outros fatores importantes na direção do mesmo objetivo. E é justamente isso que não acontece. Não existe nada, absolutamente nada que enquadre o evento festivo na dimensão planejada para além da festa: a estabilização do fator econômico. 

Na grande realidade, a festa, com atração musical de projeção nacional, como é o cantor Xand Avião,  de fato, deixa benefícios mais consistentes apenas para a banda, seus empresários e  para com quem se relaciona com eles. 

Para entender na prática, sem muito malabarismo mental e verbal, basta perguntar: quantos festivais e carnavais com bandas famosas  a prefeita Monica realizou ao longo de seu mandato? E o que eles promoveram de tão significativo para o desenvolvimento econômico da cidade?  A resposta é: nada!

Ora, de acordo com o índice de desenvolvimento municipal, medido pelo Instituto de Pesquisa e Estrategia Econômica do Ceará - IPC , Camocim amarga nos últimos anos o nível 03 entre os municipios das classes de menor desenvolvimento do Estado. Não evoluiu em nada. Sequer figura com o melhor desempenho entre os municipios com esta mesma classificação. 

Por tanto, no campo prático do entendimento, é tolice afirmar que, do ponto de vista do desenvolvimento econômico, o Xand Avião ou qualquer outra banda famosa  que venha fazer show em Camocim, nas condições em que encontra , faça bem para todo o coletivo. Logico que NÃO. 

O calendário de festas em Camocim tornou-se, de certo modo, o calendário das atividades tipicamente sazonais, que apenas alivia temporariamente as dores de um pequeno grupo que sofre o restante do ano a ineficiência da politica do desenvolvimento econômico e turística de Camocim.

Efetivamente a cidade só lucraria, de fato, com uma atração deste porte, caso o evento todo fosse realizado dentro de um plano maior de desenvolvimento, pois, da maneira e nas condições em que fora anunciada, observando alguns aspectos da saúde social e financeira da cidade, é certo dizer que esse tipo de festa se configura como o famoso "pão e circo". A fajuta politica de entretenimento, de efeito meramente alucinógeno, criando falsas sensações nas pessoas e afastando-as do pensamento firme sobre o chão da realidade.

Os torcedores da prefeita até podem discordar utilizando as frases feitas, do tipo: "os hotéis e pousadas, as barracas de praia, bares e lanchonetes ficam lotadas.".  Tudo bem, mas, obstante as controvérsias,  suponhamos que sim, que seja verdade,  mas, e daí?, e por que a politica do turismo e do desenvolvimento econômico não dá conta do restante do ano?. Obvio: não dá conta porque simplesmente não existe.

Tudo o que existe é um calendário de festas que nem de longe pode ser comparado a algo semelhante a uma politica de desenvolvimento. Ao contrário, Camocim respirava ares mais saudáveis na sua economia, na sua infraestrutura, no turismo, saúde e na geração de emprego. 

Carlos Jardel