Mototaxistas e a luta contra os piratas - Revista Camocim

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Mototaxistas e a luta contra os piratas

Considerando algumas estimativas, acredita-se que hoje exista cerca de 09 ou  mais de 10 mil motocicletas circulando em Camocim . Destas, 230 são registradas legalmente  para fazer o serviço de condução de passageiros. São os famosos "mototaxistas", profissionais devidamente legalizados pela prefeitura de Camocim, pagando seus impostos e demais taxas referentes à concessão do serviço. 

São trabalhadores, e até mesmo trabalhadoras que, no oficio honesto do serviço, enfrentam sol e chuva, além dos perigos de acidentes que a condução de uma moto impõe.  É um trabalho, assim como qualquer outro, merecedor de respeito por parte da população e também do poder público. 

Ocorre que os nossos profissionais motorizados, além de enfrentarem a alta da venda de motos, na qual muitos cidadãos adquirem seu transportes,  fazendo que o uso do serviço de mototáxi naturalmente diminua, eles também tem que enfrentar a desleal concorrência dos "mototaxistas piratas", que atuam na absoluta ilegalidade, sem a minima preocupação com os órgãos municipais de fiscalização -  no caso a Superintendência de Trânsito de Camocim- Sutran.

"Não sabemos ao certo o número de mototaxistas piratas, mas estima-se um total de mais de 100", foi o que informou ao blog um mototaxista legalizado, informando ainda que eles já tem até "ponto fixo de atuação diária". 

Além do serviço clandestino, que existe por falta de rigorosa fiscalização, o fator da agressividade dos piratas é um risco eminente que tem causado preocupação entre os profissionais do ramo. 

" Os piratas perderam o medo de agir na nossa frente. Eles tomam nossos passageiros e quando reclamamos, eles partem pra cima da gente e até  nos ameaçam de agressão física", relatou um mototaxista, afirmando que outro fator que colabora com a ilegalidade, é a politicagem; "a pessoa que está fazendo o serviço ilegal, chega a ter a moto apreendida, mas basta falar com algum peixe da politica que no mesmo instante ela é liberada".

Recentemente o Revista Camocim publicou o caso em que agentes de trânsito apreenderam em flagrante o veículo de um mototaxista pirata. Porém, momentos depois, ele foi visto pilotando sua moto praticando a ilegalidade rotineira, como se nada tivesse acontecido.

O que fazer? 

Conscientizar a população a não utilizar os serviços piratas, considerando, dentre vários aspectos, o  risco da própria segurança pessoal. 

A Sutran precisa, de alguma forma, inciar - ou intensificar - a fiscalização, pois o serviço pirata lesiona a população. 

Outra medida seria a Sutran, em parceria com a categoria, inciar uma campanha nas redes sociais, escolas, rádios,  alertando sobre os riscos da pirataria.  

Carlos Jardel