A prefeita Monica Aguiar publicou um decreto exigindo que os professores Mário Roberto e Neudson Carvalho retomem suas atividades em sala de aula, alegando que "atualmente a Administração Pública Municipal carece de servidores para a garantia de suas atividades essenciais".
Vale ressaltar que os dois professores em questão tem mandato sindical, e com isso a devida garantia, em lei, do direito ao afastamento, sem prejuízos, de suas respectivas atividades no âmbito do Município.
Bom, mas, na realidade, o decreto deixa claro que a prefeita resolveu se vingar do Sindicato Apeoc. É apenas um rixa pessoal. Ela tenta diminuir a ação do Sindicato, que mantém postura autônoma e critica dos erros do poder municipal em defesa dos direitos dos servidores da educação e por melhorias no sistema educacional.
É também uma rixa politica!, o professor Mário Roberto foi candidato a vice-prefeito da cidade, na chapa de oposição encabeçada pela ex-primeira do Município, Euvaldete Ferro, que confrontou o projeto de reeleição da prefeita Monica.
- Mas não é só por isso: o professor Mário Roberto é também uma grande liderança religiosa de Camocim, que tem grande apreciação, admiração e respeito dos partidários da prefeita, o que lhe proporciona uma saudável relação profissional e sindical.
A prefeita está desgastada da ação do Sindicato Apeoc e resolveu tentar dar um basta na situação.
Voltando para as salas de aulas, os professores Mário Roberto e Neudson não terão tempo suficiente para realizar o trabalho sindical, que consiste em reuniões de articulações, fiscalizações e atendimento dos servidores da educação. Essas atividades, para terem êxito, como sempre tiveram, requerem bastante tempo. E é justamente esse tempo que a prefeita está tentando retirar do Sindicato e dos professores.
O Sindicato Apeoc tem mostrado para a população de Camocim e região as vísceras do malvado governo Monica. Tem questionado na Justiça o direito dos concursados, do precatório, tem cobrado transparência dos recursos financeiros destinado à educação. E não tem sido subserviente ao seu governo dentre outras importantes ações que ajudam no desenvolvimento do Município.
Agora, também não se pode negar o fato de que a prefeita esvaziou os órgãos municipais no final do ano passado, colocando pra fora todos os servidores temporários e até mesmo os cargos comissionados de todas as secretárias. Ou seja: neste momento, não existe servidores suficientes no Município. Porém, a culpa é toda da própria prefeita, que promoveu um verdadeiro "festival de improbidade administrativa" ao realizar os "contratos temporários eleitorais ilegais" para beneficiar a campanha de Sérgio Aguiar. Essa medida, inclusive, está lhe rendendo uma investigação e poderá resultar na cassação de seu mandato.
Bom, mas já que a prefeita alega que a "Administração Pública Municipal carece de servidores para a garantia de suas atividades essenciais", então é simples de se resolver o problema: basta efetivar todos os aprovados dos dois concursos públicos. E se caso não for suficiente para atender a demanda, então que ela cumpra sua promessa e efetive também todos os classificáveis.
Carlos Jardel