Oliveira: "Será que esse dinheiro teve objetivo direto, já pensando nessa eleição da Câmara?" - Revista Camocim

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Oliveira: "Será que esse dinheiro teve objetivo direto, já pensando nessa eleição da Câmara?"

Candidatura de César Veras à Presidência é inviável e desrespeitosa.


"Ninguém sabe das intenções deste dinheiro, da forma que foi espalhado. Estamos em  plena campanha para Presidência da Câmara. A gente fica  naquela dúvida: esse dinheiro se some todo nesse período?!. Será que esse dinheiro teve objetivo direto, já pensando nessa eleição da Câmara?! Então, isso é uma explicação que queremos dos nossos administradores." Esse foi o  questionamento levantado pelo vereador Oliveira da Pesqueira (PCdoB) durante uma live no Facebook  AQUI por ocasião da denúncia feita pela bancada de oposição ao Ministério Público contra o programador financeiro da prefeitura de Camocim,  Felipe Veras  e contra a  prefeita Monica Aguiar. 

Para quem não sabe, Felipe Veras, que fez repasses ilegais do dinheiro público, é irmão do vereador César Veras (PDT), este que, por vez, é um dos braços direito de Sérgio Aguiar e da Prefeita Monica e é o indicado do casal para assumir a Presidência da Câmara, cuja eleição se realizará na próxima segunda-feira, dia 10 de dezembro.

E essa relação politica e de amizade entre César e Aguiar  - quase que umbilical -  já seria o suficiente para considerar o questionamento do vereador Oliveira. Explico: 

1- César Veras é candidato de Sérgio e Monica, mas não é o candidato escolhido pela base aliada na Câmara. Seus próprios companheiros de bancada o rejeitam. Então, neste caso, Veras está sendo empurrado "goela abaixo".  E - considerando o modus operandi em que se dá a politicagem no Brasil -  para César descer "goela abaixo", sem ofertar riscos para a saúde politica de seu grupo, em tese,  seria preciso "molhar a garganta" dos vereadores aliados, para evitar  sequelas.

2 - Podemos recorrer ao tempo passado, não tão distante, e verificar na Justiça de primeiro grau,  que Monica Aguiar venceu a eleição referente ao seu primeiro mandato abusando do poder econômico, (comprando votos)  e que, por tal motivo, chegou a ter o mandato cassado. 

3 - Quem também não lembra do episódio "raparigas do cabaré", em que Sérgio Aguiar teve uma prestação de contas aprovada na Câmara de vereadores numa votação histórica, contando com ajuda de três vereadores da oposição: Mastrô, Jeová Vasconcelos e Emanoel Viera?.  Lembra o que a população disse deste episódio?, que os três vereadores se venderam!

4 - Ora, existe na memória do povo, e atestado nos tribunais da Justiça, um histórico de corrupção, de "compra e venda" de votos em eleições atribuídas ao grupo de Sérgio Aguiar. E compra e venda sugere dinheiro.  E de onde vem esse dinheiro? 

São  questionamentos como estes que permeiam, com bastante motivos, o imaginário das pessoas de bem de Camocim 

Quem, por tanto, até que a verdade venha à tona cristalinamente,  não tem o direito de pensar que o dinheiro desviado, ilegalmente,  pelo irmão do vereador César Veras, tenha sim uma forte ligação com a eleição para  a Presidência da Câmara? 

Outro detalhe importante: Oliveira da Pesqueira, que levantou a questão, conhece bem o grupo de Sérgio Aguiar, pois o mesmo já foi vereador dele durante um bom tempo. Certamente deve conhecer as manobras, e , portanto, não iria "falar de graça". 

Estamos vivendo um momento em que a população cobra dos políticos e da Justiça a máxima transparência, lisura, honestidade e a imediata  instalação de um comportamento ético, moral,  tendo como objetivo o resgate da decência na vida pública. 

Engolir a candidatura de César Veras à Presidência do poder legislativo é, nestas circunstâncias de suspeitas de corrupção que envolve seu irmão, no minimo, uma imprudência extremamente ofensiva. 

Suponhamos que César Veras seja eleito presidente, tendo que assumir a postura de magistrado, imparcial, símbolo máximo de combate e da fiscalização de atos de corrupção do Executivo, e tendo seu irmão investigado pelo MP justamente por ato de corrupção, ele iria ajudar a investigar, ou iria atrapalhar o processo em defesa do sangue de seu sangue? 

Vejamos bem: não há o que se questionar!, a candidatura de César, olhando de todos os ângulos, é inviável e extremamente desrespeitosa. A "coisa foi feia". Não tem como engolir. 

E não estamos aqui condenando quem quer que seja - isso quem faz é a Justiça - estamos discorrendo sobre fatos e sobre indícios. Estamos simplesmente opinando sobre um assunto espinhoso, que está sendo destacado pela imprensa estadual, debatido pela população e pela imprensa local, nas redes sociais e  nos demais ambientes da sociedade camocinense.

Agora, resta saber se, diante do drástico e polêmico episódio, Sérgio terá coragem de afrontar a população, seu eleitorado, mantendo a candidatura de César Veras?, os demais vereadores da situação irão concordar com mais este despautério? 

Carlos Jardel