Sem desvalorizar e desconsiderar a vitória do Bolsonaro, mas, tem gente que precisa acordar pra realidade em Camocim. Então, vamos lá:
A onda do Capitão não atingiu nosso município. Por estas "bandas" ele pegou um surra de votos. E pelo que se viu nas manifestações, dos pucos eleitores que votaram no "Mito", boa parte deles foram os eleitores de carteirinha de Sérgio Aguiar e de Chico Vaulino, que tendem a acompanhá-los por inúmeros fatores, dentre eles, apesar de tudo, o respectivo prestigio politico construído e consolidado ao longo de décadas.
Já a outra parcela que confirmou o 17 nas urnas - a menor - é o público que mal consegue eleger um vereador. Que vota sem se envolver em campanha, sem mobilizar pessoas, sem demostrar grandes paixões pela politica e pela vida orgânica da cidade.
A votação do primeiro e do segundo turno deixou claro que as ideias do Messias não são, a exemplo de todo Ceará e Nordeste, apreciadas pelos camocinenses.
Olhando para a pobre votação que ele tirou aqui, na atual conjuntura local, se fosse candidato a prefeito de Camocim teria perdido feio a eleição. E só entraria no pário caso fosse apoiado por uma das duas mais fortes lideranças da cidade.
O medidor para a campanha de prefeito não foi a votação de presidente da República, mas sim a de deputado estadual, que tem o aspecto regional e, sobretudo, municipal. Mostra claramente as altas e baixas das duas principais lideranças da cidade e a preferência eleitoral dos camocinenses.
Isso pode mudar? Claro que sim, mas a história mostra que leva um demorado tempo. Até lá, muitos que tentam estuprar o processo normal, se afogam no ostracismo.