Quando um beijo só significa bajulação. - Revista Camocim

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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Quando um beijo só significa bajulação.



Não queria falar deste episódio hipócrita cujas imagens circulam em pesado tom crítico nas redes sociais e, bem antes, por muitos paroquianos durante as celebrações dos festejos do padroeiro Bom Jesus dos Navegantes, que se encerraram no último domingo (26). Mas é impossível ficar calado diante da extrapolação dos limites do bom senso por parte da senhora prefeita de Camocim, Monica Aguiar, ao confundir o espaço religioso com seu palanque politico, ignorando sua situação politica, nada condizente com os princípios do catolicismo e sua doutrina social. 

- Antes de prosseguir com o raciocínio, pontuamos: é natural que lideranças públicas, de natureza religiosa e politica, mantenham certa "relação diplomática". Não temos absolutamente nada contra isso. Porém, é preciso ter clareza sobre a importância que cada líder tem na sociedade e até que ponto esta relação é saudável para a vida da comunidade. Os exageros não podem ser permitidos, porque deixam de ser relações diplomáticas,  e passam a surtir efeitos contrários ao interesse público. 

Por outro lado, sabemos que é dever da Igreja receber a todos, assim como é dever de todo cristão se posicionar primeiramente, e preferencialmente, ao lado de quem sofre na sociedade. Um documento conciliar  lembra que "as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo".

É  difícil identificar na foto quem promove sofrimento,  tristezas e  angustias em nossa sociedade? 

Entenda por angustiados e injustiçados os professores, os aprovados do concurso público, que foram enganados pela prefeita e seus familiares; as pessoas  que são utilizados como massa de manobra nas campanhas eleitorais, trocando seus votos por um emprego temporário na prefeitura, sendo mais tarde despedidas de "mãos vazias" sofrendo constrangimento público. 

Lembremos da angustia que é a falta de medicamentos no serviço público para quem é pobre e desempregado...

E diante da foto, o que sentem os tristes, injustiçados e angustiados? 

O Beijo

O sacerdote, neste momento, representa toda a Igreja, com todo o seu magistério, dogmas etc. Por tanto, um politico, ao beijar a mão de um sacerdote, é como se estivesse beijando a própria Igreja. Jurando fidelidade a tudo aquilo que Ela defende. O beijo é sinal de obediência. Quando este beijo não comunga com a prática , então, é pura falsidade e hipocrisia. É apenas propaganda politica. É se aproveitar do momento para promover sua imagem, nada mais além disso. 

Carlos Jardel