A MALDIÇÃO DA RODOVIÁRIA ENCANTADA - Revista Camocim

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sexta-feira, 31 de julho de 2015

A MALDIÇÃO DA RODOVIÁRIA ENCANTADA

Reza a crendice popular que em local onde descansam os mortos não se deve mexer, muito menos tirar sua finalidade costumeira, pois poderá recair uma maldição perigosa, infortúnio nunca visto para aqueles que arrogantemente tentam profanar este solo sagrado. Particularmente, como bom cristão que sou ou tento ser, não acredito em tais crenças supersticiosas, mas relato alguns fatos por deveras estranhos e misteriosos. Ora, numa pequena cidade não muito distante, eis que um cemitério fora transformado em rodoviária, em nome do progresso e do desenvolvimento. Imaginem só! Não me recordo exatamente destes tempos idos, mas segundo alguns foi um desassossego desencavar e transladar os restos mortais daqueles que nem depois da hora derradeira encontraram o tão merecido descanso.

Uma vez consumada a mudança de sepulcrário para terminal rodoviário, lembro que em minha tenra idade, circulava nos finais de semana com outros mancebos por aquelas calçadas, em voltas intermináveis jogando conversa fora, enquanto os mais atrevidos punham-se a namoricar. O tempo passou e quando ninguém esperava mais a velha urucubaca, eis que ela se desenha subitamente. Primeiro, em dois incêndios repentinos em um dos seus quiosques (felizmente sem vítimas e feridos) e por último, não menos importante, na obra encantada da própria rodoviária que continua a espera de seu desfecho, mais parecendo um cemitério mesmo diante de tanto descaso, transtornando a vida dos viajantes que por ali chegam ou partem. Desfecho propriamente dito, só no próximo ano, quando os interesses falarão mais alto!! O fato é que, comenta-se na surdina, que essa maré de azar tem nome e sobrenome, atormenta diuturnamente o povo não só ali naquele local, mas em todos os outros. Prefiro chamar MALDIÇÃO E URUCUBACA aqui de outro jeito, INCOMPETÊNCIA! Deixemos os mortos de lado, pois os culpados estão bem vivos...

César Rocha