
Uma vez consumada a mudança de sepulcrário para terminal rodoviário, lembro que em minha tenra idade, circulava nos finais de semana com outros mancebos por aquelas calçadas, em voltas intermináveis jogando conversa fora, enquanto os mais atrevidos punham-se a namoricar.
O tempo passou e quando ninguém esperava mais a velha urucubaca, eis que ela se desenha subitamente. Primeiro, em dois incêndios repentinos em um dos seus quiosques (felizmente sem vítimas e feridos) e por último, não menos importante, na obra encantada da própria rodoviária que continua a espera de seu desfecho, mais parecendo um cemitério mesmo diante de tanto descaso, transtornando a vida dos viajantes que por ali chegam ou partem. Desfecho propriamente dito, só no próximo ano, quando os interesses falarão mais alto!! O fato é que, comenta-se na surdina, que essa maré de azar tem nome e sobrenome, atormenta diuturnamente o povo não só ali naquele local, mas em todos os outros.
Prefiro chamar MALDIÇÃO E URUCUBACA aqui de outro jeito, INCOMPETÊNCIA! Deixemos os mortos de lado, pois os culpados estão bem vivos...
César Rocha