Os vereadores Emanoel Vieira (PSD), Jeová Vasconcelos (PPL) e o vereador Júlio César Sotero (PSD) da base de oposição ao governo Mônica, juntaram-se aos vereadores de situação durante a sessão de ontem e votaram a favor da aprovação do projeto de lei que a Prefeita Mônica Aguiar enviou a Câmara Municipal solicitando autorização “Para que ela, juntamente com o vice-prefeito possam se ausentar do município sempre que em viagem nacional ou internacional de cunho institucional ou particular durante o ano de 2013”. Na Lei Orgânica do Município a prefeita goza de prerrogativas para se ausentar em até 10 dias sem precisar informar ao poder Legislativo Municipal.
O vereador líder da oposição, Ricardo Vasconcelos (PP) orientou a bancada de oposição a votar contra o projeto e foi atendido pelos vereadores Juliano Cruz (PSD), Mastroliano (PR) e pelo o vereador Sydney, o Bola (PR). O Presidente Régis da Ipu mesmo não votando, declarou que apoiaria a orientação do Líder de bancada, vereador Ricardo.
O vereador Emanoel Vieira lembrou que durante o período em que o projeto esteve sendo discutido nas comissões, ele teria sido contrário ao mesmo, mas que chegou a um novo entendimento e muito embora ele respeitasse o posicionamento de seus pares ele iria votar na plenária a favor do projeto de prefeita Mônica Aguiar. Já os vereadores Jeová Vasconcelos e o Júlio César Sotero não discutiram o projeto na plenária.
UM PROJETO IRRELEVANTE
De todos os projetos que o Executivo enviou para o Legislativo, tirando o que tratou dos contratados temporários, este foi o mais inútil de todos, a meu ver, sem nenhuma relevância para o desenvolvimento do município. A justificativa do vereador César Veras (PSB) foi mais inútil ainda, querer dizer que este projeto vai propiciar o desenvolvimento econômico do município e que por uma eventualidade irá agilizar futuramente a vinda do estaleiro é simplesmente ridículo, um atentado contra o raciocínio lógico dos seres humanos.
Os vereadores Emanoel Vieira, Júlio César e Jeová Vasconcelos fizeram uso da autonomia e demonstraram que não são obrigados a seguir a todas as orientações de sua bancada, no entanto, mostraram a fragilidade do grupo e a falta de coesão.
Na esfera administrativa o projeto do Executivo não influi e nem contribui, mas na via politica é um prato cheio para a situação que pode deslumbrar um leque de possibilidades para que outros projetos inúteis e inexplicáveis do Executivo possam ser aprovados contando com os votos dos vereadores de oposição.
Já no conceito de uma grande parcela de populares, este ato pode ser considerado traição. É a vida do parlamento. Clique no vídeo acima para assistir a reprise da sessão.
Carlos Jardel
