O orçamento total da tradicional Regata Ecológica de Canoas de Tatajuba, neste ano, girou em torno de um pouco mais de R$ 30,000 (trinta mil reais). A Associação Comunitária dos Moradores de Tatajuba, que organiza o evento cultural há 25 anos, solicitou da prefeitura de Camocim apenas a premiação das canoas vencedoras, no valor de apenas R$ 4.500 (quatro mil e quinhentos reais). Tão somente míseros R$ 4.500 reais, o que significa apenas 15% do valor total. A quantia é considerada irrelevante para os cofres públicos na gestão Monica, que costuma patrocinar "farrinhas desnecessárias" com bagatelas de meio milhão. Agora, o pior, pasme, caro leitor: a chefe do executivo municipal disse que "a prefeitura não tinha dinheiro algum para arcar com esse patrocínio". Isso mesmo! A prefeita Monica Aguiar deixou de patrocinar um dos eventos culturais ecológicos mais relevantes e importantes do Município, que mobiliza, além de toda a comunidade, centenas de turistas, aquece a economia da localidade e enaltece, de tabela, ainda mais, umas das partes do maior litoral cearense mais frequentada do Brasil.
Logicamente que a justificativa da senhora prefeita não foi aceita. Causou estranheza e suspeitas de que a mesma não patrocinou o evento por não ser um ano de campanha eleitoral. A inteligência humana não aceita, em hipótese alguma, a alegação de falta de recursos. Ora, o valor é tão pouco que poderia, caso a senhora prefeita tivesse manifestado interesse, conseguido através de seus aliados políticos, como fez o ex-prefeito Chico Vaulino, acionando deputados estaduais e federais de seu arco de aliança, ou até mesmo seus vereadores.
O próprio Sérgio Aguiar poderia, pelo menos uma vez na vida, ter " metido a mão no próprio bolso" e conseguido o valor conjuntamente com seu deputado Federal, Leônidas Cristino, que "volta e meia" vem a Camocim para ser fotografado com o casal Aguiar, fazendo a média com eleitorado camocinense. Ou existe alguém na face da terra que duvide na pobreza dessas criaturas?
Por outro lado, neste ano a Regata não sofreu com a poluição sonora, em que a cada 5 minutos o locutor do evento era obrigado a falar obrigatoriamente nos nomes da prefeita dos deputados e da cambada de seus vereadores, como se fossem eles os donos do evento...
Carlos Jardel