Valdir Júnior: "secretarias municipais que, em tese, trabalham com a juventude são inoperantes e quase nada produzem" - Revista Camocim

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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Valdir Júnior: "secretarias municipais que, em tese, trabalham com a juventude são inoperantes e quase nada produzem"

Segue o artigo do nosso amigo e leitor Valdir Júnior, publicado originalmente no Facebook AQUI

A juventude tem e mantém, em essência, força própria. A participação juvenil mantém-se alicerçada no envolvimento do jovem como instrumento de transformação social, sendo ele, historicamente, considerado um ator estratégico ativo do desenvolvimento que participa dos processos sociopolíticos e da tomada de decisão sobre os assuntos de interesse do próprio jovem.

Camocim, permeando as estatísticas, tem pouco mais de 63 mil habitantes, dos quais aproximadamente 50,5% são jovens de 0 a 29 anos, e destes, pouco mais da metade escolhem o destino da cidade através do voto, o que traduz cerca de 17 mil eleitores. Ainda assim, é vista como tímida a unidade desta classe diante de assuntos de interesse coletivo.

Secretarias municipais que, em tese, trabalham a construção de uma juventude forte são inoperantes e pouco ou quase nada produzem efetivamente para atender as demandas sociais da classe. Políticas públicas para a juventude não inexistentes na cidade e, quando saem do papel, não apresentam resultado à altura das expectativas.

Nas esferas locais de governo, assim como em qualquer outro lugar deste Brasil de meu Deus, sempre têm aqueles que bradam serem defensores e fieis representantes da juventude camocinense. Entretanto, ainda hoje a juventude camocinense carrega consigo, e com razão, a frustração de não ter acesso a uma universidade pública na cidade, ou por ora, transportes universitários de qualidade para todos, igualitariamente; fontes de oferta à qualificação e capacitação sistemática que propicie maior e mais ampla preparação para inserção no mercado de trabalho; este, por sua vez, em Camocim, é totalmente carente no tocante a juventude, que habitualmente, precisa sair da cidade pra trabalhar e se qualificar, já que uma política efetiva de geração de emprego e renda é inexistente; políticas de incentivo ao esporte, cultura e entretenimento, que solidifique um calendário próprio e específico de eventos como instrumento de valorização e atenção á identidade juvenil camocinense, atuando ainda no auxílio à atenuação da ociosidade do jovem que o leva para as drogas; etc.

Essa realidade não é mera coincidência, e sim conveniência. Para a velha política, é mais vantajoso ter uma juventude estagnada, ao invés de crítica. Em suma, falta muita coisa, exceto caradurismo por parte dos que se dizem representantes da juventude camocinense.

A juventude é o único caminho por meio do qual a sociedade pode se libertar da algemas de um sistema envelhecido, tencionado a praticar o parasitismo junto a população mais pobre e carente de criticidade. É pelas mãos do jovem que a sociedade tem a condição real de ser vista de maneira diferente.

O jovem há muito tempo deixou de ser coadjuvante. Somos protagonistas. A juventude deixou de ser apenas uma faixa de transição ou ambivalências, e já é, de fato, um horizonte de esperança para dias melhores, um verdadeiro trilho de transformação social. Basta-nos a unidade.

Valdir Júnior