Me perguntaram: qual o melhor vereador de Camocim? Minha resposta: NENHUM! Poderia dividi-los nas seguintes categorias: os inteligentes - que nem por isso se configuram nos melhores, pois nem sempre a inteligência está para o propósito coletivo; os analfabetos funcionais - apenas vegetam no parlamento; os super-heróis - tolos, que fantasiam a realidade com o único propósito de receberem elogios ; os atores do universo ridículo - ao contrário dos analfabetos funcionais, que nada fazem além de vegetarem, os ridículos, coitados, arriscam alguns pronunciamentos na tribuna para despejar "besteirol" e vivem pedindo para "subscrever o requerimento de vossa excelência" tecendo comentários com as ensaiadas palavras e frases clichês do parlamento, tipo: " é um projeto de suma importância", ou, "vossa excelência está de parabéns por essa iniciativa". Por fim, existem os que se assemelham ao personagem da mitologia grega, Narciso, que não conseguem enxergar na sua frente um palmo da realidade que não seja sua própria imagem. Estes se endeusam, se glorificam. Seus pronunciamentos sempre se iniciam no EU. Raramente falam no NÓS - eu fiz isso, eu fiz aquilo, eu fui isso, eu fui aquilo, eu conheço isso, eu conheço aquilo, eu domino isso, eu domino aquilo....
Existe ainda a competição de quem apresenta mais requerimentos e até mesmo os que confundem a vereança com o Executivo.
No geral, nossos representantes estão com uma praxe fora da lógica e do objetivo do parlamento. Não é possível detectar a precisão de cada um, porque simplesmente não são tão precisos quanto os mesmos se imaginam.
- E nem entramos no quesito "subserviência ao Executivo", o estado pleno das "marionetes".
Bom, mas, para não ser absolutamente injusto, existem os que entendem realmente do conteúdo da função parlamentar (os inteligentes) mas o conjunto da obra os impedem de uma atuação de nível mais elevado.
O Marcos Coelho pagou pelo "raparigas do cabaré". Não foi uma ofensa. Ele apenas apontou a falha: a substituição da natureza institucional. O Cabaré é bem mais organizado e democrático!
Carlos Jardel