Professor Mário Roberto
A Prefeita de Camocim e seu secretariado deveriam aprender mais com o Governador Camilo Santana: abertura ao diálogo – esse tem sido o segredo do Governo do Estado na atual gestão, postura um tanto diferente do antecessor.
O Governador Camilo Santana tem avançado, por exemplo, nas políticas educacionais, fazendo dos professores da rede estadual um grupo de profissionais que se sentem mais valorizados e reconhecidos. E isso se deve à abertura que ele dá para o diálogo com o Sindicato APEOC, mas também com o cidadão nas redes sociais, com os políticos (mesmo os de linha contrária), com os movimentos populares e com as mais diversas organizações.
Conversar não tira pedaço de ninguém.
Por falta de uma maior atenção ao diálogo, a gestão municipal carrega no seu currículo a maldade de ter travado a posse de 420 aprovados no concurso de 2012, obrigando-os às demoras da justiça.
Por falta de abertura para o diálogo, os professores tiveram que esperar dois anos e meio por uma progressão de 2% na carreira, aproximadamente R$ 30,00, o que não comprometeria, de forma alguma, a folha de pagamento. De fato, não comprometeu: o impacto financeiro mensal não ultrapassou R$ 20.000,00.
E agora por falta de diálogo, a Prefeita se vê em mais um infeliz cenário de confronto com as vozes de categorias profissionais, o caso dos precatórios do FUNDEF. A APEOC a esperou para dialogar sobre o assunto na eleição de 2016; esperou respostas dela, depois das eleições, sobre possíveis negociações em torno do precatório; e continua esperando sinais que apontem para o reconhecimento ao sagrado direito dos mestres.
Prefeita, os Sindicatos não mordem e nem serão vilões das contas públicas. Mas, infelizmente, quando não há diálogo, tudo é unilateral. E unilateralmente, os acertos são bem menores!
Por uma gestão mais democrática!