Uma comitiva LGBT de Camocim, com 40 pessoas, participou em Fortaleza da Parada pela Diversidade Sexual do Ceará, evento que completou 18 anos reunindo milhares de participantes na Avenida Beira Mar de Fortaleza, neste domingo (25). A caravana camocinense contou com o apoio da Coordenadora Municipal de Politicas Públicas para a População LGBT, Beatriz Chaves e com o apoio de algumas lideranças do movimento em Camocim: Marreta Ravach e Luiz Reiz.
"Fomos muito bem acolhidos na sede da Ong Arte de Amar, em Fortaleza, onde descansamos e fizemos algumas refeições antes de participar do evento", disse ao blog Beatriz Chaves em forma de agradecimentos pela receptividade.
Durante o evento, no Aterro da Praia de Iracema, os participantes protestaram contra a LGBTfobia e o LGBTcídio, fazendo um minuto de silêncio.
Pautas
O movimento tenta colocar em pauta a crescente onda de violência contra gays, lésbicas, travestis e transsexuais, bem como cobrar políticas públicas para o atendimento a esse público.
De cordo com a organização do movimento, o Brasil é campeão mundial de assassinatos de gays, lésbicas, travestis e transsexuais, crimes de ódio e intolerância. O Ceará aparece no ranking como o oitavo estado onde mais crimes como esses ocorrem.
Segundo o Grupo Gay da Bahia, que sistematiza dados sobre a violência contra o público LGBT, o ano de 2016 foi o mais cruel desde os anos 1970. Apenas no ano passado, foram registrados 343 assassinatos de pessoas desse grupo, quase três vezes mais que no início dos anos 2000. Apenas 17% desses crimes tiveram seus autores identificados. Os dados referentes a 2017 já somam 172 casos de assassinatos no país, destes, 10 ocorreram no Ceará, sendo sete relacionados a travestis.
Carlos Jardel