O papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá em missa de canonização celebrada ontem, na Praça São Pedro, no Vaticano. A cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo.
Logo após a canonização, o papa convidou 1,5 mil pessoas de baixa renda e pessoas em situação de rua para almoçar pizza napolitana no Vaticano. Segundo o representante da Santa Sé, monsenhor Konrad Krajewski, o almoço ocorreu na Sala Paulo VI. Os convidados eram pobres que vivem em dormitórios de abrigos, na Itália, da ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá.
Eles viajaram em ônibus durante a madrugada para assistir à cerimônia. A pizza foi preparada por um restaurante típico napolitano, que se comprometeu a oferecer gratuitamente uma refeição por mês às pessoas atendidas pelos centros de Madre Teresa.
A religiosa, cujo nome é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. A atuação lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados”, disse o papa.
O processo de canonização teve início com um milagre envolvendo o brasileiro Marcílio Haddad Andrino, morador de Santos. Ele foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção rara no cérebro, mas foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa.
O Povo
