A prefeitura de Camocim deixou o Núcleo de Arte, Educação e Cultura - NAEC desativado durante todo o ano de 2013, assim como os outros polos de atendimentos socioeducativos e culturais que atendiam as crianças e os adolescentes da cidade. Retrocedeu na linha de enfrentamento da marginalidade. Como justificativa, alegou falta de estrutura nos prédios e, nos bastidores, jogava com argumentos para culpabilizar a Câmara de Vereadores por não ter aprovado o primeiro projeto de contratação de servidores temporários.
1 - A prefeitura, em 2013, mesmo sem autorização legislativa, contratou ao seu bel prazer ( quem bem quis e da forma que bem entendeu). Tanto a Defensoria Pública como o Ministério Público e o próprio Juiz tem conhecimento disso. Em tese, segundo alguns juristas, a prefeita deveria responder por improbidade administrativa. Por tanto, a proibição de contratos, visivelmente, por parte da prefeitura nunca foi problema.
2- Mesmo sem o devido atendimento, os polos e o NAEC mantinham seus coordenadores contratados em cargos comissionados, e alguns funcionários efetivos. GANHARAM SEM TRABALHAR durante todo o ano de 2013. Apenas assinavam o ponto e esperavam o tempo passar jogando conversa fora.
3- Se as unidades não estavam funcionando, pra que sustentar funcionários? Os vigias e alguns auxiliares de serviços gerais seriam capazes de atender a demanda da estrutura inoperante.
Alguns impressões:
A prefeitura não colocou as unidades para funcionar por pura maldade, ou por que crianças e adolescentes desassistidas de ações do poder público tornam-se lucrativas para o poder paralelo, que controla o tráfico de drogas alimentando a marginalidade.
A prefeitura deve ter pensado que crianças e adolescentes não são prioridades absolutas e que a marginalidade se combate apenas com uma eloquente retórica.
A prefeitura preferiu assegurar a "chupeta" dos cabos eleitorais mesmo sem trabalharem para evitar desgaste "politiqueiro"
A prefeitura deve ter pensado, em algum momento, que o serviço público é uma iniciativa "privada", que não deve satisfação para a população, por isso, nunca se pronunciou honestamente para o povo.
O governo "007 o Amanhã Nunca Morre" deve ter imaginado que a criminalidade em Camocim teve recesso de um ano.
O Governo Cara de Pau, deve ter comprado um rádio apenas para ouvir músicas, mas, nunca leu, assistiu ou ouviu noticiários que tratam de assuntos policiais em que as principais manchetes dão conta que, assim como no resto do Brasil, a maioria dos casos de assaltos e outros crimes bárbaros são cometidos por adolescentes.
Detalhe: as mídias que o governo ler, ouvi e assisti devem ser as mesmas que os vereadores da bancada de situação acompanham. Pode-se imaginar que os pórios são os chefes dos editoriais.
Carlos Jardel