Não é segredo institucional que, por A mais B, maioria dos filiados tem aproximação com uma das principais forças politicas de Camocim – a oposição, comandada pelo ex-prefeito Chico Vaulino – e esta maioria fez a diferença por algumas vezes, determinando o destino da manifestação de apoio do partido nas últimas eleições ao grupo vauliniano. Por outro lado, a minoria dos partidários tem ligações fortes com o outro principal grupo politico da cidade - o que é dirigido pelo deputado Sérgio Aguiar- . E o que seria um problema? Ora, obviamente, a disputa, por mais que se diga o contrário, teria também o interesse das forças que polarizam a politica local e, neste sentido, a ala mais forte do PT local, nesta eleição da presidência, por possível falta de consenso, poderá, mesmo sendo maioria, perder para a minoria. Por que?
Por que a ala que é maioria, ligada ao CV, até o momento, se divide na possibilidade de duas chapas. Uma encabeçada pelo Roberto Filho e a outra pelo Fernando. Enquanto isso, a chapa opositora apadrinhada pelo SA se articula só!
A questão é de lógica e estratégia!
Se uma ala, que é maioria, se divide, poderá dar fôlego e vida potencial para a outra força antagônica que é minoria. E nesta situação o resultado é sempre catastrófico.
Outra questão é: qual é o melhor nome da ala vauliniana para bem conduzir a sigla?
O melhor nome, neste caso, é quem tem o apoio das principais lideranças afins da sigla.
Quem tem reconhecido e positivo resultado de articulação dentro do partido naquilo que acredita ser o melhor.
O Roberto Filho, até onde apuramos, tem o apoio dos principais nomes da linha de frente de articulação do PT local. E este apoio é um ponto positivo. Além disso, ele foi forte aliado e um dos principais articuladores da campanha eleitoral de Euvaldete Ferro nas últimas eleições, um dos responsáveis pela manutenção da aliança, o que lhe assegura capital politico e o inquestionável apoio de Vaulino e da própria Euvaldete.
Já o Fernando Cardoso, apesar de possuir várias virtudes e ser um nome respeitado dentro do partido e no grupo politico, teria que se desdobrar para apurar capital politico suficiente num espaço de tempo minimo. E isso seria interessante apenas para o Marcos Rodrigues, que pretende vencer e aproximar o PT ao grupo de Sérgio Aguiar e de Monica.
O Marcos Rodrigues, que já causou desconforto dentro do partido, absolutamente não entrará na disputa para perder. E já demostrou que é um bom articulador e tem foco e seu foco é vencer a eleição.
O correto, do ponto de vista estratégico, é que Roberto e Fernando e seus respectivos companheiros de pensamento, se unam, montem uma chapa única. E isso não se trata de diminuir ou desconfigurar o conceito de democracia. Como já dissemos: isso é estrategia, e estrategia é chave de fortalecimento da democracia.
Caso contrário, o PT de Camocim já pode entregar os palitos para Marcos esgravatar os dentes!
Carlos Jardel