A já famosa discussão nas redes sociais sobre qual o melhor carnaval, "Granja X Camocim", já teve inicio. Para isso, bastou apenas que as duas prefeituras anunciassem suas atrações musicais, e... Pronto! Foi o combustível suficiente para que outro carnaval fora de época, o da imbecilidade e da territorialização da intolerância, começasse a invadir e destruir a "avenida do bom senso". Desde então; são agressões "vindas de lá e partindo de cá". A todo instante surge um ridículo comentário, seguido de várias curtidas, compartilhamentos e tantos outros comentários alienados.
É bom que fique claro que, não consideramos desnecessário o fato de discutir a questão primordial . O que repudiamos é a baixaria. Por exemplo: já cheguei a ler comentários em que um individuo dizia: "Se lascou, bando de passa fome. Nosso carnaval é melhor", no que o outro respondia na mesma altura: " Vai tomar no boga, fí disso e da quilo..." Este é o comportamento abominável, pobre, medíocre, doente, desumano, irracional que infelizmente ganha palco e aplausos nas redes sociais e que em muitos casos acaba fugindo do controle e causando grandes problemas reais, estabelecendo fronteiras geograficas vigiadas pelo sentimento de rivalidade assassina, resultando até mesmo em mortes.
Paz na terra, é do que precisamos. Nossa guerra deve ser contra a fome, contra a corrupção, contra a pobreza, contra a injustiça, contra a falta de médicos e medicamentos. Estes sim são nossos inimigos.
Mas, voltando à questão do carnaval, o que seria o primordial a ser discutido?
Os fatores que levaram a evolução de um (Granja) e a estagnação ou involução do outro (Camocim). Isso sim é importante e necessário que se discuta, pois perpassa pelas politicas de infraestrutura, cultura, lazer, turismo, segurança pública e pelo fator social e econômico, sendo estes dois últimos os que se encontram na linha do principal debate, em decorrência da situação de emergência, declarado pelo Governo do Estado, por consequência da seca que afeta muitas cidades do Ceará, o que acarretou, mais uma vez, a inviabilidade do mesmo financiar carnavais realizados pelas prefeituras.
É por estes e outros motivos que a realização de um carnaval precisa ser discutida pela população. Afinal de contas, quem financia a festa , mesmo se divertindo ou não, é o cidadão e a cidadã.
Ma isso precisa ser discutido de forma honesta, com argumentos bem fundamentados e sem querer travar guerras diplomáticas enveredadas pelo viés da baixaria que em nada acrescenta.
Agora, por que Granja pode realizar um carnaval caro e Camocim não?
Isto eu comentarei em outra postagem....
Carlos Jardel