A REESTREIA DA ARROGÂNCIA BURRA - Revista Camocim

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A REESTREIA DA ARROGÂNCIA BURRA

O pronunciamento do vereador César Veras, na tribuna da Câmara Municipal de Camocim, durante as sessões legislativas, é sempre um dos últimos. É como se ele tivesse "alugado o horário nobre" do parlamento, ou como se ele sentisse a principal atração da noite, um pop'star do qual o público aguarda sua exibição fenomenal, impecável e altamente qualificada. Um maestro da legislatura! 

Até sugiro que, dada a importância que ele imagina ter, grave uma vinheta de abertura do seu discurso, para solenizar ainda mais o momento de exibição de sua "arrogância burra", que em nada soma com a democracia e sim com o sufoco da mesma.

E o mais interessante é que ele aproveita a ocasião para fazer análises técnicas e moralistas do pronunciamento dos vereadores de oposição, como se ele tivesse algum tipo de credenciamento moral e forte domínio de arguição que o qualifique para tal função. 

Desta vez, na sua reestreia, ele deixou subentendido que apoiará o projeto de contratação de temporários, venha ele do jeito que vier "das bandas do executivo". E se posicionou criticando o pensamento do vereador Erasmo, que chamou de "câncer" a prática eleitoreira de contratação de servidores públicos municipais, que tem servido durante décadas para aprisionar os trabalhadores. Erasmo defende a realização de um grande concurso e a efetivação do que se encontra em trâmite na Justiça.

Ele (César) também estendeu a critica ao vereador Juliano Cruz, que desde a legislatura passada defende os aprovados do concurso público e que nesta primeira ocasião já sinalizou que será novamente forte combatente em busca da efetivação dos trabalhadores e trabalhadoras devidamente aprovados. 

E assim, resumidamente, foi a reestreia do Vereador César Veras no plenário: fraca, desnorteada e inútil, como foi nos últimos anos, na nossa modesta opinião. 

Sempre que tenho o desprazer de ouvi-lo, por exercício do trabalho, logo nas primeiras palavras de seu conteúdo alienado, lembro de um pensamento que diz: "Aquele que não sabe e pensa que sabe é ignorante". 

Acho que deve ter sido por isso que ele ficou conhecido por César Lera.

Na realidade ele tenta agir como promotor e juiz, acusando, analisando, julgando e condenando o discurso de quem vier a se atrever questionar o governo da prefeita Monica Aguiar ou a atuação do deputado Sérgio, a quem o mesmo serve cegamente.

- Outro dia, irritado, ele disse que não era babão! 
Uma senhora, ao lado do rádio, ouvindo a sessão, concordou ironicamente dizendo: é nadinha, meu fi! 

Carlos Jardel