O ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva concedeu a primeira entrevista após ser preso no dia 6 de abril de 2018, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, no litoral paulista. "Fico preso por 100 anos, mas não troco minha dignidade pela minha liberdade", disse o petista ao El País.
A entrevista foi concedida na sede da Superintendência da Policia Federal (PF) em Curitiba, durante a manhã desta sexta-feira, 26. “Não tem problema que eu fique aqui para o resto da vida. Quem não dorme bem é o Moro, Dallagnol e o juiz do TRF-4", disse Lula a reportagem.
O ex-presidente chorou quando falou da morte do neto Artur, de 7 anos, vítima de uma bactéria, há um mês: "Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que eu tivesse morrido. Eu já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver".
Lula disse ainda que, se sair da prisão, quer "conversar com os militares" para entender "por que esse ódio ao PT", já que seu governo teria recuperado o orçamento das Forças Armadas.
Disse que acompanha a briga de Bolsonaro com o vice-presidente, o general Hamilton Mourão. Mas afirmou que era "grato" ao general "pelo que ele fez na morte do meu neto [defender que ele fosse ao velório], ao contrário do filho do Bolsonaro [Eduardo]", que afirmou no Twitter que Lula queria se vitimar com a morte do menino.
O POVO
Informações do Folha de São Paulo