E como não basta a queda, tem que ter o coice, então, é desmotivador encarar o cenário verificando também a “cambada de doidinhos”, frutos de podres acordos políticos, ocupando cargos de secretários de Governo. Uma cambada de gente despreparada – não sei como a prefeita não sente vergonha de ter ao seu lado, no alto escalão, um monte de “manés” improdutivos, incapazes de discutir o desenvolvimento da cidade.
Por falar em desenvolvimento, o projeto de Saneamento Básico, que desde o tempo do ex-prefeito Vaulino vem sendo fomentado, e agora, apesar da falta de transparência e da destruição das vias públicas, está sendo executado, é a mais expressiva ação em andamento desse governo. Tirando isso, pergunto: o que mais?, respondo: NADA! Absolutamente nada de tão relevante, que sirva de perspectiva de ânimo, passa na esteira pública municipal.
Alguns secretários apenas fazem - e mal - a manutenção do que sempre existiu. Outros nem ao menos isso fazem. A cidade não apresenta novidades, ou apresenta? Quais?
E não dá pra confundir novidades com ações de manutenção. Manutenção é obrigação primária - pavimentação, limpar as ruas, realizar os eventos do calendário cultural da cidade, manter abastecido a farmácia pública e os postos de saúde, garantir professores e a estrutura das escolas...
Novidade seria: estaleiro, construção de um hospital público municipal e de um verdadeiro Mercado Público sem suspeita de superfaturamento da obra. Novidade seria a criação de um distrito industrial e ações mais relevantes da expansão turística de Camocim – e não as "lorotinhas" de Whatsapp do secretário Ricardo, como o tal de NIT e as palmeiras imperiais (rsrs). Aliás, o Ricardo parece ser pago para trabalhar no Whatsapp... em fim, repito: nenhuma novidade.
Pra finalizar o relato dramático da vida real, recentemente, por acidente, ouvi a entrevista de um secretário da prefeita numa emissora de rádio local. Fiquei envergonhado e ao mesmo tempo angustiado em imaginar que tal figura estaria, naquele exato momento, servindo de chacota para milhares de ouvintes. Pensei: o problema não é o semianalfabeto literal, mas sim o que o sujeito expressa no cotidiano público através de sua prática executiva de secretário. E o que ele expressa?, resposta: nada! É apenas mais um irrelevante agente do governo que garante uma vaga na administração em troca de assegurar votos a prefeita e ao deputado. É uma situação calamitosa em todos os sentidos.
Carlos Jardel
