O processo em que o Ministério Público Federal pede cassação do mandato do deputado estadual Sérgio Aguiar AQUI, é "idêntico" ao mesmo processo no qual o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) cassou por maioria, ontem, segunda-feira (28), o mandato da prefeita de Cascavel, Francisca Ivonete Mateus Pereira, e do vice, Waltemar Matias de Sousa. A decisão, que também deixa os gestores inelegíveis por oito anos, é baseada em denúncias de abuso de poder político nas eleições de 2016: contratação excessiva de servidores temporários e fraudulenta de estagiários AQUI
Sérgio se utilizou do mesmo expediente através de sua esposa, a prefeita de Camocim, Monica Aguiar, que também é investigada pelo MP e que poderá, no mesmo passo, perder o mandato por improbidade administrativa, decorrente de contratos fraudulentos com empresas terceirizadas que captavam ilegalmente servidores temporários durante a campanha eleitoral com o nítido objetivo de beneficiar o deputado, através da já conhecida "troca de emprego por votos".
A situação do casal, Monica e Sérgio, não é uma das melhores. É critica!. E por mais que tentem, através da narrativa que os colocam como vitimas de perseguição politica - e essa é principal tese de defesa dos dois - o caso é de natureza extremamente corrupta. Por este ponto - da corrupção - os olhares do Ministério Público Federal e de outras instituições comprometidas em afastar corruptos da máquina pública, muitos políticos já foram parar atrás das grades e outro tanto tornou-se inelegível.
A sociedade, agora já sem muito espanto, tem presenciado a punição de vários políticos considerados intocáveis. E isso tem fortalecido a esperança dos descrentes nas instituições da Justiça. Por isso é bom lembrar que Sérgio Aguiar e Monica não são intocáveis. O status que a eles atribuíram de "deuses do olimpo camocinense" já não consegue produzir o efeito de outrora. A casa, de fato, corre risco de desabar a qualquer momento.
Carlos Jardel