Bombeiros de Camocim: salários de R$ 400,00 e falta de equipamento expõe situação degradante - Revista Camocim

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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Bombeiros de Camocim: salários de R$ 400,00 e falta de equipamento expõe situação degradante

Profissionais ameaçam parar as atividades caso a Prefeitura não reveja a situação


Em tempos de contenção de despesa e enxugamento da máquina pública é que se revelam o grau de comprometimento dos gestores municipais com os servidores. Se a palavra de ordem é ajuste fiscal para todas as esferas de governo, se faz necessário, portanto, disciplinamento e planejamento administrativo e sensibilidade no trato com aqueles que correspondem a camada mais vulnerável: os contratados. 

Em Camocim, a Prefeita Mônica Aguiar demitiu, na última semana, centenas de servidores contratados e anunciou um plano de contingenciamento de despesas que inclui alteração na jornada dos servidores e órgãos da administração municipal, bloqueio de verbas de apoio cultural e redução salarial dos cargos do primeiro escalão do Governo. A mudança manteve inalterada a pasta da educação. Porém, os oito Bombeiros Civis contratados pela Prefeitura para dar plantão no Piér tiveram aquele tratamento tipo: "fica quem quiser." 

A atividade dos Salva-vidas é considerada essencial para a proteção da população, mas os Bombeiros receberam a notícia que o atual salário de R$ 937,00 seria reduzido para míseros R$ 400,00 por mês. Soma-se a isto, a ausência de equipamentos de proteção individuais e uniformes adequados para desempenharem suas atividades. Integrantes da categoria demonstraram imediata insatisfação com o tratamento dispensado a eles sem reconhecer sua importância no combate aos incêndios ocorridos no município e na prevenção de acidentes nas áreas de banho. Segundo eles, o secretário Jeová Vasconcelos demonstrou insatisfação ao ter que repassar a notícia e defende melhorias para os profissionais. 

Em novembro do ano passado, a Câmara aprovou projeto de lei de autoria da líder da Prefeita, a vereadora Iracilda Rodrigues que instituía, com base em lei federal, a função do Bombeiro Civil no município. A aprovação foi unanime, mas o projeto vetado integralmente pela Prefeita Mônica. De lá pra cá, as mudanças nas condições de trabalho dos bombeiros foram, segundo integrantes, pra pior.  

Na última sexta-feira, o Bombeiro Moisés abandonou a função por conta das mudanças. Os demais ameaçam parar as atividades caso a Prefeitura não revejam a situação. O Piér é usado como atracadouro dos barcos que fazem a travessia dos moradores ribeirinhos e sem o auxílio dos profissionais é iminente a ocorrência de acidentes e depredação da estrutura por vândalos. 

A categoria pede mais respeito e reconhecimento.  

André Martins/CPN