Ademar foi administrativamente e politicamente correto! Gil já cantava: "o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe". - Revista Camocim

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ademar foi administrativamente e politicamente correto! Gil já cantava: "o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe".

É obvio que a medida de contenção de gastos, adotada pelo prefeito de Barroquinha, Professor Ademar, não agradou todos os “gregos e troianos”. Não tinha como. Diante das circunstâncias, seria impossível!, principalmente por se tratar de “corte na própria carne”. Então, vejamos: entre outras ações, objetivamente, o prefeito exonera os contratados e diminui o salário dos servidores em cargos comissionados, inclusive o do prefeito e do vice-prefeito. Naturalmente, sem grandes explicações, estes — os demitidos — formam a turma dos descontentes, e, ao mesmo tempo, significam o sacrifício politico do prefeito. E é justamente nesta atitude, principalmente em tempos de crise de referências na política e na máquina pública, que se pode medir a qualidade de um representante do povo, escolhido no voto democrático para governar uma parcela da população. Contudo, o que fazer diante da ferrenha crise econômica nacional, que assola os municípios, principalmente os mais pobres do Nordeste Brasileiro, que enfrentam com particularidade a maior estiagem da história? 


Diante do terror da crise, pergunta-se: é possível ou admissível que um prefeito sustente apadrinhados e parceiros políticos, contratados na máquina pública, para garantir apoio no próximo pleito eleitoral e comprometer a folha financeira, ao ponto de prejudicar toda a população, deixando faltar medicamentos na farmácia pública, paralisar o serviço de coleta de lixo, do transporte escolar, atrasar o pagamento dos servidores efetivos e seus devidos encargos constitucionais? Não é possível e nem admissível!, mesmo que a cartilha convencional do desdobramento politico diga o contrário: que trata-se de uma questão de sobrevivência eleitoral! Negativo. A reflexão feita pela sociedade, neste momento histórico, aponta a urgente necessidade de uma conversão da política e a não manutenção das velhas práticas, que durante toda a história ajudaram a gerar o descrédito nos políticos e na política.

É o grito dos desvalidos da sociedade, que sobrevivem necessitando de uma boa gestão da máquina pública, que deve ser ouvido em primeiro lugar. É a população que deve estar em primeiro plano, e não os interesses pessoais ou de um pequeno grupo. Por isso, “é preciso administrar focado na realidade” das pessoas, conforme alertou o Procurador Adjunto do Município, Dr. Rildo Veras, num bate-papo informal, esclarecendo ainda que a questão é também um ato de escolha da própria população: “cabe ao povo, no momento oportuno, decidir se prefere a administração que sacrifica os serviços públicos pelo gás, a luz, os tijolos; ou a administração pública que prioriza o serviço público e transfere a responsabilidade individual de sobrevivência para a própria pessoa”.

A escolha do Prefeito Ademar teve o peso da prudência, não teve o peso da politicagem. Não foi confuso, foi claro, transparente e firme. O próprio foi ao Legislativo Municipal apresentar e explicar todas as medidas — fato não muito comum na conjuntura politica do Brasil, em que nossos políticos preferem utilizar mecanismos obscuros de governabilidade e ações geradoras de aplausos, ocasionadas por medidas populares de pouca incidência -. Ele foi sem se importar com a maré de críticas patrocinadas pelos levianos opositores. Foi munido apenas com a certeza do correto e da decência. Atitudes que fazem lembrar o que o Gilberto Gil cantou: “o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe”.

Carlos Jardel