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quarta-feira, 14 de junho de 2017

TASSO NEGA, MAS TUCANOS AMEAÇAM DISSIDÊNCIA APÓS MANTER APOIO A TEMER

O presidente da Executiva Nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, tenta conter a insatisfação, nega ameaça de dissidência, mas o descontentamento atinge deputados federais e militantes tucanos inconformados com a permanência do partido na base de apoio ao Governo Michel Temer. A ala do PSDB conhecida como “cabeças pretas” se reuniu para articular a formação de um bloco dissidente na bancada da Câmara dos Deputados.

Liderados pelo deputado Daniel Coelho (PE), esses parlamentares tucanos defendem o rompimento com o Palácio do Planalto e prometem votar a favor de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal contra o presidente no caso de uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República. Para julgar Temer, o STF precisa de autorização da Câmara.


A estimativa entre os tucanos é de que, dos 46 deputados federais da sigla, 14 defendem o desembarque do governo. Uma das justificativas é que não houve uma votação definitiva sobre a saída entre os membros presentes na reunião. Os caciques da legenda planejam marcar uma reunião na próxima semana, mas tentam antes pacificar a bancada tucana.

“O PSDB foi muito duro no combate à corrupção do governo do PT, mas parece agora fechar os olhos para atos muito parecidos que estão ocorrendo dentro do governo do PMDB”, disse Coelho ao Estado.

Ainda segundo o parlamentar, o grupo que pode formar uma ala dissidente reúne pelo menos 15 deputados federais. “A gente não pode passar por esse momento sem que as pessoas sejam julgadas. Estamos em uma onda de acusações e precisamos ter a oportunidade de saber quem está certo e quem está errado”, afirmou.

Para o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB, uma eventual saída de deputados do partido seria por interesses pessoais. “Às vezes um deputado procura outro partido para ter melhores condições eleitorais, mas encobre isso com aparência de divergência política”, afirmou. O PSDB cearense tem atualmente apenas um deputado, Raimundo Gomes de Matos, que integra o bloco aliado ao presidente Michel Temer.

A divisão no PSDB exigiu ainda explicações do senador Tasso Jereissati sobre um possível acordo com o PMDB para preservação do mandato do senador Aécio Neves.  Ou seja, os tucanos permanecem no Governo, mas receberiam a solidariedade do PMDB para Aécio não perder o mandato. O senador Tasso Jereissati refutou a informação sobre esse possível acordo, mas mantém firmeza no apoio ao Governo Temer.