25 DE MARÇO, DIA DA ABOLIÇÃO DOS ESCRAVOS NO CEARÁ. EM CAMOCIM A ESCRAVIDÃO CONTINUA - Revista Camocim

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sábado, 25 de março de 2017

25 DE MARÇO, DIA DA ABOLIÇÃO DOS ESCRAVOS NO CEARÁ. EM CAMOCIM A ESCRAVIDÃO CONTINUA


Foi Sátiro de Oliveira Dias, presidente da então província Ceará  que, em 1884, no dia 25 de março, aboliu a escravatura, mas precisamente no Acarape (hoje cidade Redenção), tornando o Ceará o primeiro a declarar o fim da escravidão de pessoas...blá blá blá...Epa! Tem alguma coisa errada! Afinal de contas: a escravidão de pessoas no Ceará, acabou? Ou foi apenas modernizada com o passar do tempo? 

Libertos da Casa Grande, negros, pobres, sem estudos, sem terras, sem teto, sem perspectiva de emprego, muitos dos ex-escravos acabaram voltando voluntariamente, por força das circunstâncias, ao coronéis escravocratas para oferecerem sua mão de obra nos trabalhos da fazenda, apenas para ter o que comer (salário mísero e condições desumanas de trabalho), para não morrerem de fome. 

Ou seja: o trabalho sempre foi a plataforma para a libertação dos escravos, como também, dada as condições, foi objeto de opressão. 

Assim, a tal abolição foi apenas uma estrategia politica das elites para legalizar a escravidão. Foi uma atualização do sistema  que vem se repetindo ao longo dos tempos. 

No caso de Camocim,  a casa Grande é a prefeitura. A prefeita Monica e o deputado Sérgio Aguiar são os senhores dos escravos. 

Os trabalhadores e trabalhadoras aprovados no concurso Público Municipal são os que receberam a carta de libertação. Eles ganharam liberdade politica e financeira. E o fato da prefeita Monica não efetivá-los (libertá-los) é a constatação plena de que a escravidão não foi abolida. 

- É bom lembrar que a prefeita não estimulou outras frentes de emprego e trabalho na cidade, para deixar as as pessoas ainda mais dependentes da Casa Grande (prefeitura). 

Muitos dos que foram aprovados no concurso público acabaram se submetendo ao contrato temporário oferecido pela prefeita, em troca de um mísero salário, um juramento de fidelidade politica e o trabalho obrigatório durante as campanhas eleitorais. E os que se rebelarem serão punidos com o desemprego.

Quando a escravidão irá acabar?

Esta é a pergunta que fica, por hora, sem repostas,tendo em vista que a Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Judiciário se tornaram praticamente inúteis.

As religiões nada fazem neste aspecto. São omissas, e acabam abençoando os "senhores do engenho" e amaldiçoando os escravos.

Por fim, o sistema é articulado e cruel! E a senzala continua sem saúde, sem educação, sem trabalho, sem moradia, sem respeito e morrendo.

Carlos Jardel