O CARNAVAL CHEGOU - Revista Camocim

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O CARNAVAL CHEGOU

E como já dizemos em coro unânime: “O Brasil só funciona depois do carnaval”. Nos tempos do Brasil Colônia, havia o chamado entrudo, tradição herdada de Portugal. Quem brincava o entrudo, jogava jatos d'água esguichados com bisnagas, com baldes em quem passava. A imprensa fazia uma campanha contra o entrudo. E era a favor de um carnaval ao estilo das festas europeu, como em Veneza na Itália.

Do entrudo o folião passou (isso no Rio de Janeiro) a fazer batalhas de flores copiadas do carnaval de Nice (França) chegando nas “batalhas de confete”, tradicional do Carnaval de Nápoles. Naquele tempo não se tinham os instrumentos que conhecemos hoje como: cuícas, tamborins, pandeiros, zabumba, bumbo, surdo e toda a “parafernalha” que temos hoje. Um português, conhecido por Zé Pereira, tradição durante meio século na cidade de Recife faz um “cordão” de foliões. Dele, evoluíram os cordões e blocos que passaram a usar, além do bumbo, cuícas, tamborins, pandeiros e frigideiras.

Aos poucos a festa vai ganhando espaço no Brasil quando em 1850 surgem as primeiras organizações oficiais de carnaval em nosso país. “O Congresso das Sumidades Carnavalescas” é considerada a pioneira. Com o tempo são criados: “Os Tenentes do Diabo”, os “Fenianos e Democráticos”. Essas associações também tiveram papel importante na abolição da escravidão, ao conseguirem coletar dinheiro em suas passeatas nessa época do ano para poderem comprar e alforriar escravos. E para comemorarem ainda mais dançavam: quadrilha, o xote, a valsa, a polca. A partir de 1870, o maxixe ( dança excomungada). Considerada dança nacional (mistura de polca com lundu africano).

Os baianos residentes no Rio de Janeiro, por trazerem seus rituais religiosos, festivos, danças e representações folclóricas, encontraram no carnaval um novo centro de interesse. O carnaval torna-se, nas zonas urbanas, especialmente em Salvador, Rio e Recife, um catalisador do folclore. Tia Ciata é um dos grandes ícones dessa mistura. Iniciou-se por esse tempo, o carnaval de rua hoje conhecido. Os cariocas que iam participar dos festejos públicos, desembarcavam dos bondes estacionados em lugares determinados, antecipadamente anunciados pela imprensa.

A marchinha "Ó Abre-Alas", de Chiquinha Gonzaga, era invencível desde 1899. Mas cedia a vez ao tango-chula "Vem Cá, Mulata". "Pelo Telefone", primeiro samba, abriu caminho. Com o tempo o samba se desenvolve e ganha sua identidade. E no bairro do Estácio é criada a escola de samba “Deixa Falar”. Com os anos surgem as grandes agremiações cariocas: Mangueira, Portela, Salgueiro, Império Serrano, Unidos de Vila Isabel, Unidos da Tijuca etc. 
E a popularidade da festa cresce vertiginosamente, afinal a capital federal da época (Rio de Janeiro) era quem ditava moda para o Brasil. E com os anos cada região do país foi adaptando a sua própria realidade para o carnaval. Somos assim. 

Brasil une-se nas festas. Mostramos nosso patriotismo de inúmeras formas. O carnaval é a primeira chance do ano que temos de exibir o que temos de melhor. Mostremos sempre o nosso melhor.

Por Júnior Santiago

- Camocinense, Graduado em filosofia chancelado pela UFG e atualmente faz teologia na PUC Minas Gerais. Congregação São Pedro Ad Víncula