Uma jovem de 16 anos foi molestada enquanto dormia durante trajeto a escola, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, 3. Ao acordar, ela sentiu a mão do homem, que estava sentado ao seu lado, embaixo de sua saia.
A jovem, que prestou depoimento na 14ª DP, no Leblon, contou que não fez tumulto, apenas o questionou. “você está maluco?. E comecei a chorar. Ele não disse nada, nem sei como é a voz dele. Mas continuou sentado ao meu lado. Cheguei mais para o canto da janela do ônibus e comecei a escrever mensagens para o meu pai. Acho que tive sabedoria. Mas, e se fosse uma criança indefesa? Ele não percebeu que estava pedindo ajuda, se não teria descido do ônibus", contou.
Sem ser percebida, ela chamou seu pai, que é taxista, por meio do WhatsApp. A mensagem direcionada ao pai dizia: “Chama a polícia. Um cara tentou abusar de mim e ele está sentado do meu lado. Eu tô na Gávea, já no ônibus, e ele está sentado aqui. Tô com medo. Muito, muito.”, escreveu a adolescente.
Ao receber a mensagem, o pai conta que ficou desesperado, mas resolveu seguir as orientações da filha.
"No primeiro momento, achei que fosse um assalto. Quando ela começou a relatar o ocorrido, me desesperei. Um pai recebendo uma notícia dessas, que a filha estava sendo molestada dentro de um ônibus. Corri imediatamente para ajudá-la. É um sentimento de revolta", disse ele.
Ela desceu do ônibus chorando, e seu pai, que a aguardava, chamou uma viatura do BPTur que passava pelo local. O homem foi detido, ainda dentro do ônibus.
Segundo o Globo, a delegada Monique Vidal, da 14º DP, acusou Severino Crispim, de 55 nos, de molestar a adolescente. De acordo com Monique, ele vai responder por estupro vulnerável, crime que pode chegar de 8 a 15 anos de prisão.
De acordo com o Globo, no início do depoimento, Crispim disse que tinha dormido e sua mão havia caído sobre a garota.
Depois, ele assumiu ter colocado a mão na menina de 16 anos. Segundo a delegada, o homem não tem antecedentes criminais, mas permanece detido.
A garota, moradora de Jacarepaguá, que está no segundo ano do curso de formação de professores de um colégio no Jardim Botânico, usava um uniforme com saias de pregas, mas depois do susto, ela decidiu ir ao colégio de calça.
Redação O POVO Online
