Eles trabalhavam para segurar a vaga, e pegaram foi um pé na bunda
O que estava ruim, péssimo, piorou. E aquilo que não se imaginava foi justamente o que aconteceu, e da pior forma possível. A prefeita Monica dispensou servidores que estavam desde novembro do ano passado trabalhando "por amor" em algumas repartições da prefeitura. Na realidade eram contratados que tinham sido dispensados logo após as últimas eleições do ano passado (2014), mas que receberam a proposta de permanecerem trabalhando sem remuneração para assegurarem a vaga no início deste ano (2015, quando se reiniciassem a "tradicional" lotação dos contratados. Algo que não ocorreu em Janeiro, mesmo a Câmara tendo aprovado, ainda em dezembro, o projeto de contratação da prefeita. A esperança da "galera do por amor", ficou então para depois do carnaval, o que também não ocorreu, sendo que nesta semana veio a dispensa total, com a justificativa de que a prefeitura não teria como paga-los.
Ou seja, eles foram usados e abusados e depois descartados sem nenhum pingo de consideração, que nem "papel higiênico de quinta categoria". E é por que, pela lógica, eram eleitores da prefeita e do deputado, que nos tempos de eleição saiam de porta em porta com caderninho e caneta na mão pedindo votos para elegê-los, sem falar que muitos eram fanáticos que, pelas ruas, se comportavam de forma desrespeitosa, insultando as pessoas com os bordões "aguenta, cara de madeira. que agora é Ela". Eram estes babões que esfolaram as cabeças dos dedos e derramaram litros de suor nas eufóricas caminhadas da campanha, com baldes nas cabeças na teatralização da falta de água. Pois é! Nem mesmo tamanha e incontestável prova de fidelidade foi o suficiente. O agradecimento veio da pior forma possível, como uma baita enganação, com o grandioso e memorável pé na bunda, para ficar literalmente marcado nos "anais" da vida politica de Camocim. E tudo, tudo isso sem falar nas prováveis humilhações das famosas chacotas de pé de esquina e nas redes sociais.
Bom, mas, para não perder o costume. A g o r a é E l a!
Carlos Jardel
