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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

E O TRÂNSITO DE CAMOCIM? É O COSTUME!

O Revista Camocim publica a opinião de Luiz Octavio Sousa Lopes, advogado especialista em Trânsito, instrutor de autoescola e que reside em Camocim.


Andar pelas ruas de Camocim, torna-se a cada dia uma aventura e tanto! O trânsito de veículos e pedestres está desproporcional ao tamanho das vias e calçadas. Ao sair de casa, seja conduzindo um veículo seja a pé, já imaginamos, “hoje será com emoção ou sem emoção?”.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o trânsito se caracteriza pelo movimento de veículos, pessoas ou animais sobre uma via. Contudo, para se movimentar existem regras que precisam ser usadas por todos os envolvidos (motoristas e pedestres). Dessa forma, o simples ato do motorista acionar as luzes do veículo ou do pedestre se posicionar para transpor uma via, já indica qual será a conduta do cidadão na via.

O que tenho observado é que essas regras não são respeitadas, nem pelos veículos nem pelos pedestres. A inobservância das regras pode até vir acompanhada da desculpa básica do desconhecimento da lei, mas esquece o cidadão que as regras de trânsito, se baseiam nas regras básicas de educação.

Na semana passada, estava trafegando com meu veículo por uma via com sentido 
único de direção, quando repentinamente surgiu uma motocicleta na contra mão de direção que era conduzida por uma senhora gravida, a qual estava sem capacete e de chinelos. Como não havia espaço suficiente para os dois veículos, parei meu veículo. Eu ainda a avisei que estava trafegando pela contra mão de direção e que poderia ser perigoso para ambos, ela simplesmente me disse:

- “é o costume”!

Ainda assim, a senhora continuou pela contra mão. No decorrer da minha aventura pelo trânsito, deparei-me com essa senhora novamente, dessa vez no cruzamento controlado por um semáforo. Para minha surpresa, ela simplesmente atravessou ignorando o semáforo fechado! Continuei até o meu destino e quem encontro estacionando a motocicleta em local proibido? Isso mesmo! A motociclista que havia cometido as infrações anteriores.

Questiono indignadamente, qual motivo leva um cidadão a cometer tantas infrações? O simples desconhecimento da lei não pode ser alegado, pois, por incrível que pareça, existia no local sinalização e a infratora ainda fora alertada por mim.

As vias esburacadas, sem sinalização, sem fiscalização não podem ser usadas como desculpas para o não cumprimento da lei. É certo que o trânsito de nossa cidade está largado à sorte, mas as leis não podem ser simplesmente negligenciadas. O trânsito infelizmente reflete o nível de educação de seus usuários, acredito que teremos um trânsito satisfatório em Camocim, quando os usuários colocarem em prática a boa e velha educação do dia a dia. Respeitar o pedestre, estacionar em local permitido, andar dentro de um limite seguro de velocidade, passar pelo cruzamento em velocidade reduzida, respeitar tanto a sinalização semafórica quanto as placas regulamentares e de advertência, usar somente luzes brancas ou amarelas nos faróis, usar somente a luz baixa onde houver iluminação pública, não usar película (insufilme) no vidro dianteiro, ainda, o usar adequadamente a buzina que tem a função de alertar condutores ou pedestres de perigos eminentes. No entanto, em Camocim, tenho observado que muitos motoristas usam a buzina antes dos cruzamentos para não precisar reduzir a velocidade. Essa atitude, além de não ser adequada ao padrão do CTB, pode provocar acidentes, uma vez que um condutor com deficiência auditiva não escuta buzina e pode colidir com o veículo infrator. Vale lembrar que se deve dirigir pela direita da via, fazer uso da sinalização regulamentar de direção, vulgo seta, enfim, todos esses itens expostos fazem parte das regras básicas de educação e de trânsito, normas gerais de circulação e conduta, regras simples que são descumpridas diariamente.

Teremos um trânsito seguro e eficiente, assim que os usuários do sistema, pedestres e condutores de veículos se conscientizarem da importância de se cumprir as leis, fizerem uso da educação básica para assim cobrarem do poder público a fiscalização e a manutenção básica das vias.