Não devotamos paixão incondicional pelo PT e muito menos pela Dilma. Mas reproduzimos a opinião do Jornalista Paulo Henrique Amorim publicada no seu Conversa Afiada
Deu-se mal.
Numa televisão séria, Bonner
teria voltado para o Rio sem emprego.
Dilma não se deixou emparedar
e assumiu o controle de todas as respostas.
Empurrou a questão da
corrupção pela goela abaixo dos tucanos – que sobrevivem no jn.
Lula e ela estruturaram o
combate à corrupção. Deram autonomia à PF e ao MP.
No Governo dela e de Lula não
tinha um Engavetador Geral da República.
A Controladoria Geral da União
se tornou um orgão forte no combate ao malfeito.
Ela aprovou a Lei de Acesso à
Informação (podia ter dito que o partido do jn, o PSDB, tomou como primeira
providência ao chegar ao poder, com FHC, extinguir uma Comissão de Combate à
Corrupção).
(Aliás, Bonner disse, na
abertura, numa gaguejada, que o PSB era o PSDB … Lapso freudiano …)
Dilma ressaltou que nem todas
as denuncias (do jn) resultaram em crimes comprovados.
Bonner tentou jogar a mais
óbvia casca de banana: obrigar a Dilma contestar o julgamento do do STF sobre o
mensalão.
Ela tirou de letra: Presidente
da República nao discute decisão de outro Poder.
Bonner insistiu.
Deu-se mal.
A Poeta, finalmente,
justificou a passagem, e invocou o Datafalha para dizer que o problema do brasileiro
é a Saude.
Dilma enfiou-lhe pela garganta
o sucesso retumbante do Mais Médicos, que atende 50 milhões de brasileiros.
Bonner revelou sua aflição,
mal se continha na cadeira, bradava “a Economia !”, “a Economia !”, como se
fosse sua bala de prata.
Dilma continuou, no comando
dos trabalhos, a falar do problema da Saúde.
Quando bem quis, concedeu ao
Bonner o direito de falar sobre a Economia !
E ele veio com xaropada da Urubóloga.
(Interessante que o Bonner
pensa que ninguém percebe que a pergunta dele, na verdade, é uma longa
exposição daquilo que ele quer que o espectador pense que seja a verdade dos
fatos. Ele quis falar mais que a Dilma. Ele se acha…)
Inflação explodiu !, disse o
entrevistador/candidato.
Sobre a inflação, Dilma
mostrou que ele não sabe nada.
A inflação é negativa.
Todos os indices estão em ZERO
!
Sobre o crescimento, falou uma
linguagem que o Bonner ignora: “indicadores antecedentes”.
Os dados de hoje sobre o
consumo de papelão e energia indicam elevação do PIB no segundo semestre.
Dilma estourou os 15 minutos.
Continuava a falar, enquanto o
Gilberto Freire com “I” (*) devia berrar no ponto do Bonner “corta ela !”.
E ela na dela.
Terminou por dizer que nao foi
eleita para fazer arrocho salarial. Ou para provocar desemprego.
“Corta !”, devia berrar o “ï”
no ouvido do Bonner. “Corta ! Não deixa ela falar !”.
E ela, na dela: “vamos
continuar a fazer um país de classe média, como o Presidente Lula começou a
fazer.”
“Corta, Bonner !”, no ponto.
“Eu acredito no Brasil”, disse
ela, como se conversasse com o neto, numa tarde de domingo.
Só faltou dizer: “Bonner, eu
não sou o Aécio, o Eduardo e muito menos a Bláblá”.
“Pode vir quente !, meu filho.
Esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !”