Marina Silva é candidata à
presidência da Republica e Beto Albuquerque
será o vice
Brasília. No evento em que foi
oficializada candidata pelo PSB, depois de ter o nome confirmado pelo partido
ainda na terça-feira, Marina Silva prometeu ontem que a meta de Eduardo Campos
será perseguida por ela e pelo vice, o deputado Beto Albuquerque. O nome da
ex-senadora foi indicado após o acidente aéreo que vitimou o presidenciável no
último dia 13 de agosto.
"Precisamos mudar o
Brasil preservando as coisas boas e corrigindo os equívocos", disse.
Marina agradeceu a indicação de Albuquerque, afirmando que ele ocupará o papel
que era dela e que o recebia com "determinação e satisfação".
"Quero, primeiramente,
agradecer a Deus por estar nos ajudando a fazer essa travessia difícil, após a
perda daquele que havíamos escolhido para nos guiar nessa difícil tarefa de
mudar o Brasil. Mudar com a visão de que se começa o novo no novo, corrigindo
os equívocos praticados e encarando os desafios desse início de século",
afirmou.
A candidata disse que ninguém
do partido estava preparado pela tragédia, mas que assumia o compromisso de
"responsabilidades já assumidas" por Campos. Marina declarou, ao
receber uma carta inventário do PSB, que entre as responsabilidade assumidas
por ela está a de "ajudar o partido a se reerguer" da perda de
Campos. "A carta me diz o sentido do que é a história desse partido e
agora temos a obrigação de o reerguer da fatalidade que se abateu", disse.
Disputa no comando
O PSB e a Rede, grupo político
comandado pela ex-senadora, travaram uma tensa disputa pelo controle
burocrático da campanha ao Planalto. Durante reunião ontem, que durou cerca de
seis horas em Brasília, Marina colocou dois homens de sua extrema confiança em
postos estratégicos para a disputa eleitoral.
O deputado Walter Feldman foi
escalado para a coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira,
secretário-geral do PSB. Bazileu Margarido, que estava na vaga que agora é de
Feldman, virou titular do comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro,
será o adjunto.
Questões sobre arrecadação
também foram debatidas na reunião em Brasília. Marina tem restrições quanto a
empresas que possam fazer doações. Tabaco, armas e bebidas alcoólicas são
setores que a ex-senadora quer vetar como contribuintes.
Ela se comprometeu a manter
acordos regionais fechados por Campos, mas reafirmou que não irá subir em
palanques como os de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em que o PSB apoia
candidatos do PSDB. A ex-senadora foi contrária a várias alianças locais.
Diár