Ao final da sabatina, o candidato do PSC se posicionou
contra o aborto, a legalização das drogas e o casamento gay
O Jornal Nacional, da TV
Globo, entrevistou na noite desta terça-feira 19 o candidato do PSC à Presidência,
Pastor Everaldo. O líder religioso aproveitou a participação para apresentar
algumas das ideias de seu plano de governo. De acordo com ele, se eleito, sua
gestão será baseada na “meritocracia”, pouca intervenção do Estado na economia
e, principalmente, na privatização de empresas nacionais, como a Petrobras.
“Defendo um Estado mínimo e
redução do número de ministérios de 39 para 20. Eu vou privatizar tudo que for
possível. Vou privatizar a Petrobras. Uma empresa que foi orgulho nacional hoje
é foco de corrupção. Então, eu vou privatizar. Tudo o que for possível passar
para iniciativa privada, nós vamos passar e pegar recursos para alocar”,
afirmou depois de ser questionado, repetidas vezes, por já ter apoiado as
gestões Lula e Dilma.
Diante da pressão dos
apresentadores, o pastor disse que acreditava ser de esquerda anteriormente e
relacionou sua posição política à sua infância pobre na favela. “O discurso da
esquerda sempre me cativou. Vim de uma família humilde. Nasci na favela do
Acari [no Rio de Janeiro]. Para mim era uma proposta interessante. Acreditei o
tempo todo. Mas vi que aconteceu um aparelhamento do Estado. Hoje o governo
está sufocado, querendo tomar conta de tudo. E eu sempre venci na vida com
meritocracia”, repetiu.
O candidato ainda foi bastante
questionado por seu passado político. Chamado de principiante pelos âncoras do
Jornal Nacional, Pastor Everaldo teve de responder se acreditava que “qualquer
um” poderia ser presidente da República, em referência ao fato dele nunca ter
ocupado cargos como deputado, governador e senador.
“Eu acredito que uma pessoa
como eu [pode ser presidente]. Com minha experiência de vida. Uma pessoa que
camelou na feira, foi servente de pedreiro. Fui office boy, estudei em escola
pública e passei para a iniciativa privada. Sou um vencedor. Deus me ajudou.
Tive minha experiência. Milito na vida política desde 1981. Sou um constante
aprendiz e estou preparado”, argumentou.
Ao final da sabatina, nos
minutos em que podia falar ao eleitor o que bem entendesse, o candidato do PSC
se posicionou contra o aborto, a legalização das drogas e o casamento gay.
“Refaço meu compromisso em defesa da vida desde sua concepção. Defendo a
família como está na Constituição. Casamento, pra mim, é homem e mulher. Sou
contra a legalização das drogas”, complementou.