POLÍCIA MILITAR COMEÇA A OCUPAR TRÊS ÁREAS DE FORTALEZA - Revista Camocim

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sábado, 19 de abril de 2014

POLÍCIA MILITAR COMEÇA A OCUPAR TRÊS ÁREAS DE FORTALEZA

Em locais onde a ausência do poder público deixou vazios da garantia de direitos no cotidiano da população, que convive com problemas como as diversas faces da violência, os olhares desconfiados são a recepção. Em três áreas de Fortaleza, ocupações da Polícia Militar tiveram início essa semana e fazem parte das ações do programa “Crack, é possível vencer”.

No Conjunto São Miguel, comunidade próxima a Messejana, no Genibaú e no Vicente Pinzón os efetivos policiais foram acrescidos de duas viaturas e duas motos que atuarão de forma contínua. Esse é o primeiro passo da intervenção, que instalará um circuito de videomonitoramento nesses locais.

Câmeras
Cada área de três quilômetros quadrados receberá 26 postes com câmeras e um micro-ônibus adaptado que atuará como base móvel de monitoramento, repassando as informações para o efetivo policial. Os três micro-ônibus já estão à espera da instalação dos equipamentos. No Conjunto São Miguel, a previsão de finalização da instalação das câmeras é o fim deste mês.

No São Miguel, o perfil é de disputa territorial e tráfico de drogas. No local, moradores estão divididos entre Mangueira e Coqueirinho, com o direito de ir e vir cerceado pela violência de uma rivalidade que tem como marca homicídios.

Segundo o tenente Messias Mendes, comandante do policiamento de ocupação do Programa em Fortaleza, os locais dentro dos bairros foram escolhidos com base nos índices criminais. “Não basta passar no território, mas permanecer. A expectativa é estabilizar a comunidade com a presença permanente da polícia”, explicou, acrescentando que a ação pretende garantir que as políticas públicas que estão sendo desenvolvidas para as comunidades possam ser implantadas.

Ele explica que o programa “Crack, é possível vencer” tem três eixos: autoridade, cuidado e prevenção. Políticas intersetoriais que unem governo municipal, estadual e federal.

Políticas públicas
No São Miguel, as viaturas circulam por ruas estreitas, sem calçamento ou calçadas, onde o saneamento é insuficiente e o lixo se acumula em alguns pontos. Marcas de uma comunidade onde o poder público não se fez presente na obrigação de garantir acesso aos serviços básicos.

Para o comandante do policiamento de ocupação do programa, tenente Messias Mendes, compreender que segurança pública é muito mais abrangente do que a presença da Polícia é uma das bases da atuação que pode mudar o cenário atual. “Segurança pública também é ausência de um poste, de uma creche, de emprego. Então temos que trabalhar em várias frentes, sendo abrangente. A gente acredita que fazendo isso conseguiremos mudar”, comentou o tenente.


Saiba mais
 Os policiais que fazem parte das ações de ocupação e acompanhamento nas comunidades fizeram curso de 160 horas/aula, segundo o tenente Messias Mendes.

Na carga horária, módulos sobre a ação da polícia comunitária; a rede de atenção e cuidado; sobre como funciona o atendimento público no que diz respeito à saúde e assistência social para quem usa drogas; além do curso de abordagem à pessoa em risco.

 Segundo o tenente Messias Mendes, outra ação da Polícia Militar nessas comunidades foi a implantação do programa de combate às drogas e do Ronda Prevenção e Arte.

 Nesta última ação, um grupo de policiais fica em escolas na área durante uma semana com iniciativas culturais e de conversa com os jovens.

As localidades que participam do projeto foram escolhidas por estarem entre os 20 piores lugares em indicadores de violência e pela identificação de “cracolândias”, segundo a Prefeitura. Serão instaladas câmeras de 360 graus nas três localidades. Os equipamentos funcionarão 24 horas.

O POVO